Meo diz "o oposto do que faz" na "guerra" pelos conteúdos televisivos
O co-presidente executivo da Sonae, Paulo Azevedo, descreveu hoje como "caricata" a "concorrência aguerrida" vivida no setor das telecomunicações em Portugal, acusando a Meo de "dizer o oposto do que faz" na "guerra por conteúdos exclusivos".
© Global Imagens
Economia Sonae
"Nas telecomunicações temos uma situação de concorrência aguerrida com um concorrente com uns métodos menos habituais e contamos, aí, com um ano animado", afirmou Paulo Azevedo durante a apresentação dos resultados de 2015 do grupo Sonae, numa referência à polémica entre a Nos (detida pela Sonaecom) e a Meo (controlada pela Altice) nos direitos desportivos.
Recordando que "nas telecomunicações, há uns anos atrás, havia um 'player' que lutava para ser monopolista, mas defendia que era um grande defensor da concorrência" (numa alusão à atuação da Portugal Telecom no início da liberalização do mercado), Paulo Azevedo disse viver-se atualmente "uma situação também um bocadinho caricata, onde um 'player' que claramente luta por ganhar conteúdos importantes e exclusivos em todo o mundo, e não os abrir à concorrência, diz exatamente o contrário em público".
"Isto vai ser uma guerra engraçada. Felizmente a primeira ronda de ataque a conteúdos exclusivos que foi feita por esse nosso concorrente nós ganhámos com destaque", afirmou, acrescentando que "poderá vir a haver mais notícias" nesta área.
Questionado pelos jornalistas, o também co-presidente executivo Ângelo Paupério não quis antecipar se esta "guerra por conteúdos exclusivos" irá extravasar os conteúdos desportivos, mas admitiu que "em tudo o resto [da ficção à informação] sempre houve alguma busca de encontrar os melhores conteúdos para os diferentes clientes dos operadores".
Relativamente às dúvidas manifestadas pela Autoridade da Concorrência quanto à duração e abrangência dos contratos assinados entre as operadoras e o Benfica, Sporting e FC Porto para transmissão dos jogos de futebol, Paupério considerou apenas que aquele organismo "faz bem" em "analisar todo o tipo de contratos que possam ter impactos significativos".
Fazendo uma "avaliação extramente positiva" sobre o desempenho da atual Comissão Executiva da Nos, cujos resultados em 2015 ultrapassaram "os objetivos propostos" e evidenciaram melhorias em "todos os indicadores operacionais e financeiros", Ângelo Paupério disse haver já acordo para "assegurar uma solução de continuidade para um novo mandato".
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