Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

Peso do setor público "está a matar lentamente" o setor privado

O presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins considerou hoje que o peso do setor público em Portugal "está a matar lentamente" o do privado e isso vê-se nos impostos.

Peso do setor público "está a matar lentamente" o setor privado
Notícias ao Minuto

19:23 - 15/03/16 por Lusa

Economia Soares dos Santos

Pedro Soares dos Santos falava aos jornalistas em Barranquilha, Colômbia, à margem de um encontro com 20 analistas e investidores sobre o mercado colombiano, o primeiro realizado desde que o grupo Jerónimo Martins anunciou a sua vontade de entrar naquele país.

Questionado sobre porque se sente bem-vindo na Colômbia, Pedro Soares dos Santos afirmou: "O peso do setor público em Portugal está a matar lentamente o peso do setor privado".

E isso "vê-se nos impostos, não vale a pena fugir a isso. Aqui [na Colômbia] é ao contrário, vê-se o Estado muito mais a acreditar no setor privado, a acreditar que o setor é o motor da grande economia. E em Portugal o sentimento não é esse", acrescentou.

Isso é "prejudicial para quem acredita que o investimento pode ter o seu retorno e pode ao mesmo tempo criar uma coisa diferente", afirmou o gestor.

"É visível na carga de impostos que as pessoas têm, que as empresas sentem", apontou Pedro Soares dos Santos, que defendeu que "o setor privado tem de ser sempre superior ao setor público para poder, com os seus impostos, suportar o setor público". Relativamente ao eventual fim da ligação aérea Lisboa-Bogotá pela TAP, Pedro Soares dos Santos disse não poder fazer um juízo de valor.

"As empresas que não ganhem dinheiro são empresas sem futuro", começou por dizer.

Por isso, "a decisão tem de ser empresarial", considerou, salientando que no caso da Jerónimo Martins as viagens para a Colômbia não serão afetadas, uma vez que "há várias alternativas".

Pedro Soares dos Santos salientou ainda que "todos os fornecedores" que vieram com a dona do Pingo Doce para a Colômbia" ainda hoje se mantém.

O gestor considerou que a Colômbia é ainda um país com um "potencial agroalimentar enorme", adiantando esperar que "um dia" o grupo possa fazer alguma coisa nesta área.

"Alguns agricultores portugueses que estejam dispostos a arriscar [sobre o tema], acho que se pode fazer coisas muito interessantes neste país, pelo menos num trabalho em contraciclo com a Europa", disse.

Neste caso, a Jerónimo Martins admitiu entrar "em consórcio".

O encontro com analistas acontece na semana que a Ara, cadeia de supermercados da Jerónimo Martins na Colômbia, fez três anos de existência (13 de março).

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório