Shinobe, actual vice-presidente executivo da All Nippon Airways (ANA), explicou, em entrevista à agência noticiosa Kyodo, que já comunicou à norte-americana Boeing a sua intenção de exigir uma compensação quando as avarias estiverem resolvidas e os 787 Dreamliner voltarem a estar operacionais.
"Não podemos dar início às negociações até os aviões voltarem a voar", disse.
A companhia japonesa estima que as perdas derivadas do cancelamento de operações com o 787 durante este exercício "se limitem a alguns milhares de milhões de ienes" (1.000 milhões de ienes equivalem a 8,07 milhões de euros), disse Shinobe, que assume a presidência da ANA a 1 de Abril.
A ANA, cujos 17 aviões 787 que tem na sua frota a tornam na maior compradora do modelo da Boeing, informou que, no final de maio, o cancelamento das operações com aquela aeronave representará a suspensão de 3.601 voos domésticos e internacionais.
A companhia suspendeu temporariamente os voos com o 787 a 16 de Janeiro, quando um dos seus Dreamliner se viu forçado a fazer uma aterragem de emergência no aeroporto de Takamatsu por um problema numa das suas baterias de lítio.
Este foi o sexto problema técnico detectado num 787 em apenas 10 dias e levou outras oito companhias que possuem o modelo a suspenderem de forma temporárias as suas operações.
Na semana passada, representantes da Boeing indicaram que a empresa dispõe de um novo desenho para as baterias do 787 e que esperam que o problema fique resolvido nas próximas semanas.
Shinobe disse que a instalação das novas baterias deverá demorar cerca de um mês.
