Banco chinês empresta dez mil milhões de dólares à Petrobras

A brasileira Petrobras garantiu um empréstimo de 10 mil milhões de dólares (9,18 mil milhões de euros) do Banco de Desenvolvimento da China em troca do fornecimento de petróleo a empresas chinesas.

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Lusa
29/02/2016 13:02 ‧ 29/02/2016 por Lusa

Economia

Bloomberg

O empréstimo é visto como um "balão de oxigénio" para a petrolífera estatal brasileira, que vive o pior mercado de crude numa geração e nos próximos dois anos enfrentará vencimentos de mais do dobro do montante agora contratado.

Em comunicado, a Petrobras adiantou que o empréstimo faz parte de um acordo de fornecimento de petróleo a empresas chinesas, mas não esclareceu qual a quantidade de petróleo a ser fornecido nem o nome do comprador de crude.

Os termos e condições desse contrato foram assinados na sexta-feira pelos presidentes das duas empresas, Aldemir Bendine e Zheng Zhijie.

Este empréstimo surge na sequência de acordos de cooperação assinados entre o Brasil e a China em 2015, durante a visita ao Brasil do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, acrescenta a Petrobras.

Este é o maior acordo entre a Petrobras e a China em sete anos.

Em 2009, um contrato de dez mil milhões de dólares com a China previa a garantia de exportação de 150 mil barris de petróleo por ano no primeiro ano e de 200 mil barris nos nove anos seguintes.

A China tem investido em países ricos em petróleo para garantir o fornecimento do segundo maior mercado mundial de crude, depois dos EUA.

A Petrobras está envolvida no pior escândalo de corrupção de sempre no Brasil, numa altura em que o Brasil vive uma recessão, com redução do consumo doméstico, e quando os preços do petróleo estão 70 por cento abaixo dos valores de meados de 2014.

"É um alívio para a Petrobras", disse Edmar Almeida, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro, que estuda a indústria petrolífera, citado hoje pela agência Bloomberg.

"Este tipo de contrato de petróleo-por-dinheiro tem um custo financeiro mais baixo para a Petrobras do que aceder ao mercado financeiro internacional, especialmente depois de a companhia ter [visto o seu rating] descer para 'lixo'", acrescentou a mesma fonte.

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