Contactada pela Lusa, fonte oficial da TAP disse que a reunião se enquadra no esforço de diálogo com os sindicatos dos trabalhadores da empresa no sentido de encontrar um "compromisso que sirva todas as partes".
Na terça-feira, o presidente da TAP, Fernando Pinto, disse que, até ao dia anterior, já tinham sido canceladas 21 mil reservas de voos para os dias da greve, de 21 a 23 de Março, um protesto que, a concretizar-se, deverá custar 15 milhões de euros.
O presidente da companhia aérea disse ainda, nesse dia, que se mantém em conversações tanto com o Governo como com os sindicatos para chegar a um acordo que permita impedir esta greve de três dias, mas ainda sem resultados.
"Obviamente que nós não desistimos. O tempo todo mantemo-nos em conversações e em contacto com os sindicatos e com o Governo, mas a verdade é que é uma posição ainda difícil", reconheceu Fernando Pinto.
O presidente da TAP voltou a afirmar que "toda a greve tira valor" à empresa, considerando que "é muito ruim principalmente para a imagem da empresa e para os passageiros".
No entanto, Fernando Pinto entende que há "um ponto positivo, que é o facto de não ser exatamente na semana da Páscoa", o que, acrescentou, demonstra "respeito pelos portugueses, que já estão com tantos problemas".
Os sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP, PGA e SATA entregaram o pré-aviso de greve para os dias 21, 22 e 23 de Março, em protesto contra os cortes salariais na companhia área.
Em Fevereiro, a TAP implementou os cortes salariais determinados para a generalidade da função pública e das empresas do sector empresarial do Estado, entre os 3,5% e os 10%, a aplicar a salários brutos superiores a 1.500 euros.