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Reequilíbrio do mercado petrolífero? "Só em 2017"

O mercado petrolífero, atingido por uma oferta excessiva, vai começar a reequilibrar-se a partir de 2017 com um subida progressiva dos preços, defendeu hoje a Agência Internacional de Energia (AIE).

Reequilíbrio do mercado petrolífero? "Só em 2017"
Notícias ao Minuto

14:29 - 22/02/16 por Lusa

Economia AIE

Em 2014 e 2015, a oferta excedeu largamente a procura, tendo os excessos atingido respetivamente 0,9 e dois milhões de barris de petróleo por dia. O excesso de oferta deverá manter-se em cerca de 1,1 milhões de barris por dia em 2016.

"Só em 2017 é que vamos observar um reequilíbrio entre a oferta e a procura, as enormes reservas acumuladas deverão travar o ritmo da subida dos preços", indicou a AIE no relatório sobre o mercado do petróleo a médio prazo.

A produção deverá aumentar em 4,1 milhões de barris por dia entre 2015 e 2021, principalmente graças ao Irão e aos Estados Unidos, mas sofrerá mesmo assim uma forte desaceleração depois do aumento de 11 milhões de barris por dia registado entre 2009 e 2015, penalizada pela queda dos investimentos face às atuais baixas cotações.

Os preços do barril do petróleo desvalorizaram-se cerca de 70% desde meados de 2014 e estão atualmente em cerca de 30 dólares devido precisamente a este excesso de oferta, alimentado pela guerra de mercado entre a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os Estados Unidos.

"Devemos sublinhar que as condições atuais do mercado petrolífero não indicam que os preços possam recuperar fortemente num futuro imediato - a não ser, claro, que haja um acontecimento geopolítico de relevância.

"Constatamos agora uma abundância de recursos no sub-solo, mas também importantes inovações técnicas que permitem às empresas comercializar o petróleo", adianta a AIE.

A agência, com sede em Paris, advertiu mesmo assim que não é de excluir que os preços do petróleo disparem se os investimentos em novos projetos petrolíferos se mostrarem insuficientes para manter a produção futura.

Os investimentos na exploração e produção de petróleo deverão cair pelo segundo ano consecutivo em 2016 para valores nunca vistos desde o contra choque petrolífero de 1986, depois do recuo de 24% no ano passado, deverão diminuir, de novo, mais 17% este ano, refere a organização.

Paralelamente, o consumo de petróleo deverá aumentar em média 1,2 milhões de barris por dia anualmente, passando de 95,6 milhões de barris por dia em 2016 para 101,6 milhões de barris por dia em 2021. O principal motor deste crescimento será a Ásia, mesmo que travado face ao período 2009-20015 com a transformação da China para uma economia de serviços e com veículos menos gastadores.

MC // ATR

Noticias Ao Minuto/Lusa

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