O Conselho Europeu, que teve início pelas 17h30 (16h30 em Lisboa) - cerca de meia hora depois do previsto -, deverá ser marcado por um regresso à normalidade, sem a “urgência da crise do euro”, e deverá ser “preparatório das decisões de Junho”, altura em que os líderes europeus voltam a reunir-se, segundo fonte diplomática.
Na agenda dos trabalhos está a análise da aplicação do Pacto para o Crescimento e Emprego, tema que será aprofundado também em Junho, nomeadamente no que se refere ao objectivo da criação de emprego e ao financiamento da economia.
Neste âmbito, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, deverá apresentar dados sobre a reprogramação de fundos comunitários para combater o desemprego juvenil, devendo ainda ser debatidas as propostas para execução de um envelope de seis mil milhões de euros, já acordado no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual da UE 2014-2020.
O encerramento da primeira fase do Semestre Europeu, que inclui a avaliação dos progressos globais realizados na aplicação das recomendações específicas por país e orientações para as políticas económicas nacionais, é outro dos temas do Conselho, bem como a definição das regras para as cimeiras da zona euro.
Hoje, a partir das 22h00 locais (21h00 em Lisboa), tem início uma reunião dos líderes dos 17 países da zona euro, para debater a situação económica dos países da moeda única, tendo por base uma apresentação do presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi.
Portugal está representado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que, na quarta-feira, no debate na Assembleia da República, afirmou-se convicto de que o Conselho reafirmará a prioridade que deve ser dada ao crescimento, afirmando que "o Governo português está de acordo com essa prioridade e não tem políticas contrárias ao crescimento” e que o seu objectivo “é justamente produzir o ajustamento macroeconómico para que a economia possa crescer".