O salário mínimo nacional nos Açores tem um acréscimo de cinco por cento em função do valor nacional, situando-se neste momento em 509,25 euros.
“A deterioração das condições socioeconómicas a nível nacional tem sido agudamente sentida na Região Autónoma dos Açores, contribuindo para agravar as dificuldades acrescidas da situação insular”, declarou Vítor Silva, numa conferência de imprensa em Ponta Delgada.
O dirigente sindical considerou que por não se ter cumprido no contexto nacional com o acordado em relação ao aumento do salário mínimo se geraram efeitos “ainda mais negativos” nos Açores.
“Acentua-se a desigualdade de que são vítimas os trabalhadores açorianos e aumenta-se a disparidade remuneratória relativa, com prejuízo da coesão social do País”, acentuou.
A CGTP-IN considera que com o acréscimo salarial que propõe se contribuiria para a valorização dos salários e das pensões, para “dinamizar” o mercado regional e para “evitar” mais recessões e falências.
“Esta medida servirá ainda para reduzir o impacto negativo de algumas medidas nacionais na região, combater o aumento de impostos, nomeadamente do IVA, IRS e do IMI, entre outros”, referiu Vítor Silva.
Vítor Silva disse estar convicto de que um aumento do salário mínimo nacional nos Açores no valor proposto pela central sindical vai contribuir para “dar mais poder de compra” aos açorianos e “reduzirá” o custo vida mais alto nos Açores do que no restante território nacional, onde cada açoriano ganha menos 87 euros.