Comissão Europeia está preocupada com custos sociais da crise
O presidente da Comissão Europeia indicou, esta segunda-feira, numa carta enviada aos líderes europeus em vésperas de mais um Conselho Europeu, que o seu executivo está particularmente preocupado com os custos sociais da crise, que importa agora combater.
© Lusa
Economia Barroso
Numa missiva enviada hoje aos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, que se reúnem na quinta e na sexta-feira em Bruxelas para uma cimeira consagrada ao "semestre europeu", de coordenação e vigilância das políticas económicas dos Estados-membros, José Manuel Durão Barroso adianta que vai focar a exposição que fará ao Conselho nas questões da competitividade e combate ao desemprego jovem.
"Ainda não saímos da crise, como mostram os níveis inadmissivelmente elevados do desemprego, mas podem constatar que os esforços de reformas dos Estados-membros estão a começar a produzir frutos, corrigindo desequilíbrios muito significativos na economia europeia", aponta o presidente da Comissão, acrescentando todavia que os ajustamentos para corrigir a dívida e o défice "continuam a pesar extraordinariamente no crescimento a curto prazo".
Assegurando que "as consequências sociais da crise dão um motivo de preocupação particular para a Comissão", Durão Barroso sublinha a necessidade de melhorar a competitividade dos Estados-membros - o que defende só ser possível prosseguindo as reformas estruturais em curso - e combater o flagelo do desemprego.
"Todos estamos preocupados com os níveis elevados de desemprego jovem, e ao longo de vários Conselhos Europeus já tomámos importantes decisões para combater este flagelo", sustenta, apontando como exemplo o projecto-piloto lançado pela Comissão para ajudar os oito países mais afectados (entre os quais Portugal) e a "garantia jovem" acordada na última cimeira, em Fevereiro passado.
A terminar, Durão Barroso defende então a necessidade de, na cimeira de quinta e sexta-feira, haver uma discussão e troca de ideias entre todos sobre formas complementares de "promover a competitividade e reduzir o desemprego jovem, enquanto parte do semestre europeu".
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