O resultado final é conhecido há cerca de duas semanas, mas os pormenores do negócio que levou os ativos positivos do Banif para o Santander Totta só agora começam a ser conhecidos. A conta-gotas, os factos e mitos da venda são desvendados com ajuda de fontes próximas.
Na edição de hoje do Expresso, o jornal destapa o véu sobre mais uma parte das negociações, que começaram com uma tentativa de venda liderada pela administração de Jorge Tomé. Com seis interessados na corrida, o Ministério das Finanças tornou-se participante ativo para ajudar a fechar um negócio urgente para o futuro do banco e das contas públicas.
A 18 de dezembro, o Banco de Portugal entrou em cena para garantir o sucesso das negociações com o único candidato chamado para a mesa: o Santander Totta. Às 22:00 de sexta-feira 18, o banco liderado por Vieira Monteiro reuniu pela primeira vez com os representantes do regulador nacional e às 8:00 de domingo entregou a oferta final que acabaria por ser aceite.
Foram 34 curtas horas de ajustamento da proposta, de forma a enquadrá-la na intervenção pública que se tornou inevitável. No fim de contas, o Santander Totta gastou 150 milhões de euros para ficar com os ativos positivos do Banif, com o Fundo de Resolução a assumir os riscos dos ativos comprometidos através do novo veículo de gestão chamado Naviget.