CP alerta para "fortes perturbações" na circulação de comboios
A CP está a alertar para a possibilidade de "fortes perturbações e supressões" na circulação de comboios na próxima semana devido à greve convocada pelos sindicatos do sector e divulgou os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral.
© Lusa
Economia Próxima semana
Na quarta e quinta-feira esperam-se "fortes perturbações e supressões em todos os serviços" devido à greve, convocada pelos sindicatos do sector ferroviário, refere a empresa em comunicado.
Prevêem-se também atrasos e supressões na terça-feira ao final do dia e na manhã de sexta-feira nos serviços urbanos, regional e inter-regional, acrescenta.
Devido às paralisações, a CP adverte que "possam ocorrer ligeiras perturbações" durante o mês na circulação dos comboios.
A CP divulgou os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral, do Conselho Económico e Social, para assegurar ligações dos serviços Internacional e Intercidades, Regionais e Urbanos de Coimbra, Urbanos de Lisboa e Urbanos do Porto, que podem ser consultados no site da empresa (www.cp.pt).
A CP alerta que durante o período de greve não serão cobradas taxas de reembolso ou de revalidação sobre os comboios suprimidos em virtude da greve, nos serviços de longo curso e regionais, e que não serão disponibilizados transportes alternativos.
Os sindicatos e comissões de trabalhadores do sector ferroviário anunciaram no passado dia 15 de Fevereiro uma greve para 6 de Março na CP e na CP Carga, tendo também decidido a mesma forma de luta na REFER para o dia seguinte.
O coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, explicou na altura que os trabalhadores do sector continuam "a não ter qualquer interlocutor com disponibilidade para fazer um processo de negociação que possa contribuir para a resolução do problema, apesar dos reiterados pedidos que têm sido feitos ao Governo".
"Como as coisas se arrastam e estão em preparação mais medidas que vão atacar os trabalhadores da função pública, estas greves são mais uma forma de voltarmos a colocar os problemas para ver se alguém tem disponibilidade para os resolver", explicou.
A escolha das datas prendeu-se com a intenção de inserir estas greves na semana de luta do sector dos transportes, marcada para a primeira semana de Março, e que, de acordo com o sindicalista, "culminará no dia 9 de Março com uma manifestação do sector em Lisboa".
Segundo a CP, em 2012 foram suprimidos, por motivos de greve, 30.445 comboios o que representou 7% dos comboios programados.
No último ano, as receitas do tráfego diminuíram um milhão de euros, para 211 milhões de euros, o que foi justificado com a perda de 11,4% de passageiros, a que a empresa considera que "não foi alheio o elevado número de greves que ocorreram durante todo o ano, com especial significado no último trimestre".
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