Apenas os mais ricos vão pagar sobretaxa acima da proposta inicial do Partido Socialista. Esta é a primeira conclusão dos dados revelados hoje pelo Jornal de Negócios, que esclarecem os portugueses quanto ao valor a pagar a mais na hora de calcular o IRS.
A Esquerda parlamentar já chegou a um pré-acordo sobre os valores a cobrar pelo Fisco, e a consequência é um alívio claro para o segundo escalão, que junta o maior número de contribuintes. Para os portugueses com rendimento coletável entre os 7 mil e os 20 mil euros, a sobretaxa passa dos 3,5% para 1%, um alívio ainda maior do que o PS tinha pensado inicialmente.
Segundo os dados do Negócios, o terceiro escalão vai passar a pagar metade do valor cobrado este ano, passando de 3,5% para 1,75%. A situação é, no entanto, muito diferente para os dois escalões superiores.
Os mais ricos vão suportar o maior peso fiscal da sobretaxa de IRS, contrariando a sugestão inicial dos socialistas. Ao invés de 1,75%, o quarto escalão (20 mil a 40 mil euros de rendimento coletável) vai continuar a pagar 3% a mais na hora de liquidar o imposto; para quem ganhe mais de 40 mil euros, a sobretaxa mantém-se nos 3,5% atuais.
O alívio progressivo dos contribuintes parece ser uma realidade nos escalões mais baixos, fazendo antever uma cobrança mais branda do Imposto sobre os Rendimentos naquele que deverá ser o último ano da sobretaxa.
[Notícia atualizada às 11:35]