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Alemanha deverá crescer 1,7% este ano e 1,9% em 2016
O instituto económico alemão Ifo prevê que a economia alemã cresça 1,7% este ano e 1,9% em 2016 sustentada pelo dinamismo dos gastos das empresas e das famílias, foi hoje anunciado.
© Reuters
Economia Ifo
"O consumo privado vai continuar a ser o pilar do crescimento", assegura num comunicado o Ifo, que avança que este gasto é estimulado pela queda dos preços do petróleo e o aumento dos salários e das transferências.
A isto é necessário juntar o efeito positivo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do envolvimento financeiro das administrações públicas no acolhimento das pessoas que pedem asilo, adianta o instituto.
Em contrapartida, o Ifo defende que o setor externo não contribuirá para o crescimento porque, devido à expansão do consumo privado, as importações alemãs deverão aumentar mais do que as exportações, anulando-se mutuamente.
No comunicado, o Ifo também sublinha que enquanto o investimento no setor da construção está a aumentar fortemente, tanto este ano como em 2016, o investimento em bens de equipamentos só está a crescer moderadamente.
O Ifo aponta para que a inflação passe de 0,3% este ano para 1,0% em 2016, mesmo assim ainda longe do objetivo de longo prazo do Banco Central Europeu (BCE), abaixo mas próximo de 2%.
Em relação à taxa de desemprego, o Ifo prevê que esta se mantenha em 6,4% este ano e em 2016, ainda que com mudanças de fundo, já que estima que tanto a população com emprego como o número de desempregados aumentem devido à progressiva incorporação dos refugiados no mundo laboral.
Apesar do aumento do gasto público devido à crise dos refugiados, o Estado alemão não deverá incorrer em défice, refere o Ifo, estimando que termine 2015 com um excedente equivalente a 1% do PIB em 2015 e de 0,4% do PIB em 2016.
Entre os riscos "essenciais" para os próximos meses, o Ifo cita as "tensões políticas no Médio Oriente" e a possibilidade de ataques terroristas como os perpetrados em França, que poderiam travar de forma significativa a evolução da economia por transmitir insegurança a consumidores, produtores e investidores.
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