Falta de pessoal no INE dita cancelamento de estatísticas
Orçamento foi reduzido em vários milhões de euros e os quadros contam com menos uma centena de trabalhadores em relação a 2006.
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Economia Cortes
Escassez de recursos humanos”. Foi este o motivo apontado para o cancelamento, por parte do Instituto Nacional de Estatística, da divulgação dos resultados do inquérito relativo à utilização de tecnologias na hotelaria.
Mas a decisão anunciada na semana passada não foi tomada de forma isolada e é resultado de uma política de cortes nas admissões no setor público encetada nos últimos anos.
Só em 2014, nota o Diário de Notícias, o INE perdeu 35 trabalhadores. Se em 2006 empregava 754 trabalhadores efetivos, os quadros não tem hoje mais de 639. O orçamento de 35 milhões de euros desceu para os atuais 30,4 milhões.
E ainda que o organismo estatal esteja a expandir a produção estatística, em coordenação com o Eurostat, não há concursos para admitir mais pessoal, sobretudo qualificado.
Assim, alertou fonte oficial em declarações ao Jornal de Notícias, “a insuficiência de técnicos superiores que o INE enfrenta pode refletir-se negativamente, a qualquer momento, na produção e difusão das estatísticas oficiais”.
Em todo o caso, é de referir que o défice público do ano passado não se agravou e as despesas foram compensadas por receitas.
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