Em comunicado na sequência da reunião entre a troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) e os parceiros sociais, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, reiterou que “só com medidas concretas de estímulo ao crescimento das empresas nacionais será possível fazer crescer a economia” e, simultaneamente, combater o desemprego.
A CTP reivindica, assim, a descida do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) no golfe e na restauração e uma “diminuição significativa” do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC), “senão mesmo a sua isenção” no caso de reinvestimento de lucros.
“Outra das principais preocupações da CTP é a imagem de Portugal como país seguro, que até aqui constituído um dos factores diferenciadores de Portugal. Resultado da actual conjuntura económica e social, é vital preservar essa imagem de estabilidade social em Portugal”, referiu a confederação, no mesmo comunicado, assinalando um ponto que tem vindo a repetir desde que Francisco Calheiros assumiu a presidência no ano passado.
Os parceiros sociais, que hoje se reuniram com os representantes da troika em Portugal, consideraram que os credores internacionais querem flexibilizar mais o mercado laboral e reduzir os custos do Estado.
À saída do encontro no Conselho Económico e Social, os parceiros sociais não foram, no entanto, consensuais na interpretação das palavras da troika relativamente aos temas que deverão estar em discussão nesta avaliação do programa, como por exemplo as metas do défice e as indemnizações por despedimento.
Enquanto a UGT e a CIP consideraram que houve alguma abertura da troika nestas matérias, a CGTP e a CCP entenderam que não há grande margem para negociar.