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Exportador queixa-se de estrangulamento por faltar concorrência

O presidente da portuguesa OLI, segundo maior fabricante europeu de autoclismos, disse hoje que as exportações estão a ser estranguladas pela falta de alternativa ao transporte rodoviário, que pode encarecer se a Espanha taxar as estradas.

Exportador queixa-se de estrangulamento por faltar concorrência
Notícias ao Minuto

17:51 - 23/11/15 por Lusa

Economia Portos

Em declarações à Lusa, António Oliveira atribuiu o estrangulamento à falta de concorrência efetiva entre operadores portuários e chamou a atenção para a dependência das exportações portuguesas feitas na maioria por via rodoviária.

"A maior parte da exportação faz-se para a Europa por via rodoviária, o que é caro, e se Espanha quiser taxar as estradas, como se fala que vai fazer, as nossas exportações vão ficar mais caras", advertiu.

O empresário salienta que, apesar do transporte marítimo ser o que apresenta menores custos, seguido do ferroviário e por último o rodoviário, "a maioria das exportações continua a ser feita de camião porque a ferrovia não existe e, embora haja soluções de flexibilidade rodomarítimas, há falta de concorrência entre opções".

"Portugal, para pôr um contentor no Médio Oriente, demora três ou quatro vezes mais do que um espanhol ou italiano, e pagamos o dobro", exemplifica.

A OLI exporta 80% da produção para 70 países, sendo que 63% se destina aos mercados europeus, 7% para o Médio Oriente e 2% para a América Latina.

Fruto do investimento em inovação (inventou há duas décadas a dupla descarga e nos últimos cinco anos investiu 10 milhões de euros em investigação), a empresa tem como estratégia a sofisticação para aumentar a posição nos mercados europeus.

"O que se pode fazer em mecânica e hidráulica já está muito explorado e as próximas grandes inovações vão ser com a ajuda da eletrónica e da internet", adianta.

Algumas estiveram já patentes na "casa de banho do futuro", que apresentou dia 18, em Aveiro, como uma sanita "inteligente",em que a descarga de água é eletronicamente determinada conforme as necessidades.

Em parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a empresa tem também em fase embrionária um projeto para um bloco sanitário adaptável para pessoas de mobilidade reduzida, tendo em conta o envelhecimento populacional.

Ainda em relação à Europa, a empresa está atenta a oportunidades de negócio nos países de Leste, nomeadamente a Rússia, um mercado com mais de 200 milhões de habitantes, em que o parque habitacional precisa de ser reabilitado, como salienta diz António Oliveira.

Já quanto ao Médio Oriente, o conflito na Síria e na Líbia fizeram praticamente desaparecer dois mercados onde a OLI faturava dezenas de milhares de euros e que procura compensar em mercados como os Emirados Árabes, que "têm passado ao lado das confusões".

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