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Falta de capital do Novo Banco aumenta "fardo" dos restantes bancos

A agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) considerou hoje que a escassez de capital do Novo Banco vai aumentar o "fardo" dos restantes bancos portugueses e defende a reabertura das negociações para a venda do banco.

Falta de capital do Novo Banco aumenta "fardo" dos restantes bancos
Notícias ao Minuto

12:28 - 19/11/15 por Lusa

Economia S&P

O Novo Banco 'chumbou' nos testes de 'stress' do Banco Central Europeu (BCE) no cenário mais adverso, ao apresentar um rácio de capital CET1 [Common Equity Tier 1] de apenas 2,4%, abaixo do mínimo de 5,5%, mas passou no cenário base com um rácio de 8,2% contra os 8% pedidos pelo BCE.

Naquele cenário, foi detetada uma insuficiência de capital de 1,398 milhões de euros, que terá de ser colmatada no prazo de nove meses, até ao verão do próximo ano.

De acordo com a agência norte-americana, a avaliação do BCE "clarifica a visão dos reguladores da posição de capital do Novo Banco" e poderia "facilitar a reabertura das negociações para vender o banco, que foram interrompidas em setembro de 2015".

Neste momento, continua, não há qualquer clarificação sobre como o Novo Banco irá ser recapitalizado e quais serão as implicações para o restante sistema bancário.

"Na nossa opinião, o aumento do fardo resultante desta necessidade de capital vai acabar por afetar os bancos portugueses", escreve a S&P, referindo ainda esperar que o sistema possa absorver este impacto ao longo do tempo, sem danos diretos para a sua posição de solvência.

O Novo Banco tem duas semanas para apresentar o seu novo plano de capital ao BCE, mas já afirmou que pretende vender suas participações em algumas empresas, incluindo uma subsidiária do ramo dos seguros de vida. Para a S&P esta medida será insuficiente para cobrir todas as necessidades de capital da instituição financeira portuguesa.

"Acreditamos que o Novo Banco irá precisar de capital adicional. Até agora não houve qualquer informação sobre como o banco o irá fazer, que não seja os planos das autoridades para retomar a alienação do Novo Banco e, como parte dela, a sugestão que o reforço de capital pudesse vir de um investidor privado", refere.

A S&P prevê assim dois cenários para o Novo Banco: ou o processo de venda é bem-sucedido ou o Fundo de Resolução injeta novo capital para cobrir as necessidades de capital do banco. "Neste caso, acreditamos que com recurso a um novo empréstimo estatal", refere.

No entender da S&P, as contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução devem permanecer inalteradas, pois só assim o sistema bancário conseguirá absorver o impacto sem colocar demasiada pressão na sua posição de solvência.

A 14 de novembro, após terem sido conhecidos os resultados do teste de stress, o Banco de Portugal anunciou que vai iniciar "de imediato" uma nova fase na venda do Novo Banco.

"A preparação da nova etapa do processo de venda será iniciada de imediato, agora que está afastado um dos principais fatores de incerteza que condicionou o procedimento anterior", lê-se na nota de imprensa divulgada pelo Banco de Portugal, logo após os resultados dos exames à saúde financeira do Novo Banco terem sido divulgados pelo BCE.

As dúvidas quanto às necessidades de recapitalização do Novo Banco foram um dos obstáculos à venda da instituição financeira, que em setembro foi interrompida depois de terem falhado as negociações entre o Banco de Portugal e os três candidatos que chegaram à fase final.

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