Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 19º

Queda do crude aumenta dependência mundial do Médio Oriente

Um período longo de preços baixos do petróleo poderá aumentar a dependência dos países importadores junto do Médio Oriente, cujo os custos de produção são mais reduzidos, disse hoje a Agência Internacional da Energia (AIE).

Queda do crude aumenta dependência mundial do Médio Oriente
Notícias ao Minuto

10:16 - 10/11/15 por Lusa

Economia AIE

Ao apresentar o relatório das perspetivas para a energa mundial, o diretor executivo do organismo, Fatih Birol, disse que, apesar de a baixa de preços do crude ser positivo para os consumidores, pode afetar "a futura segurança energética".

A queda dos preços, que se situam atualmente à volta dos 50 dólares por barril, levaram a um reequilíbrio natural do mercado, que deixa de fora os agentes con maiores custos de produção.

Segundo a AIE, se a depreciação do crude continuar, pode haver dois riscos a médio prazo desde hoje até 2040.

Por um lado, poderá aumentar a dependência de um pequeno número de países junto do Médio Oriente, cujo os custos de produção são mais baixos que os seus concorrentes em outras partes do mundo, pelo que podem aguentar preços mais baixos do barril.

Por outro, uma falta generalizada de investimento devido à pouca rentabilidade do petróleo, conjugado com um aumento da procura, poderá fazer com que os preços aumentem drasticamente em pouco tempo.

Fatih Birol explicou que o atual preço baixo do petróleo não deve levar "à autocomplacência", mas que "se deve aproveitar para reforçar a capacidade de defrontar futuros desafios da segurança energética", por exemplo, mantendo um investimento adequado em infraestruturas.

Noutro cenário hipotético em que os preços recuperam devido ao aumento da procura e a uma queda na produção, a AIE calcula que o preço do barril pode situar-se nos 80 dólares em 2020.

O organismo, que analisa o mercado energético para os seus 29 países membros, avisa também que a segurança energética pode ver-se ameaçada nos próximos 25 anos pelo aumento da procura, não da China, que está em desaceleração, mas sim da Índia, cada vez mais com maiores necessidades de energia.

Em 2040, as importações líquidas de petróleo da China serão cinco vezes maiores que as dos Estados Unidos, enquanto que a Índia superará as da União Europeia, prevê a Agência.

Em geral, a procura mundial de energia crescerá um terço desde 2015 até 2040, devido ao aumento do consumo dos países emergentes, mas também graças às medidas de eficiência, que baixará o nível de emissões.

A AIE adverte que as emissões de gases nocivos que contribuem para o aquecimento do planeta, podem continuar a subir se os governos deixarem de investir em energia renovável, confiando na atual conjuntura de baixo preço do crude.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório