Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 13º MÁX 19º

Trabalhadores da Unicer decidem greve de uma hora por turno

Os trabalhadores da fábrica de refrigerantes da Unicer em Santarém decidiram hoje fazer uma hora de greve por turno entre 26 e 30 de novembro, podendo endurecer as formas de luta se a empresa não recuar na decisão de encerrar esta unidade.

Trabalhadores da Unicer decidem greve de uma hora por turno
Notícias ao Minuto

17:57 - 05/11/15 por Lusa

Economia Santander

A medida foi anunciada no final de um plenário, à porta da fábrica, onde os trabalhadores se concentraram com letreiros dando conta de que estão "em luta contra o encerramento" e reafirmaram a exigência da manutenção dos postos de trabalho para que possam ter "uma vida digna" e os "filhos na escola".

Numa moção, aprovada por unanimidade, lamentam a "inexistência de resposta" por parte da administração ao texto saído do último plenário em que mostravam "abertura para que, em conjunto, se encontrassem ações de reestruturação e poupança alternativas ao fecho da fábrica de Santarém e ao despedimento" dos seus 70 trabalhadores.

Os trabalhadores mandataram os sindicatos para o agendamento de outras formas de luta "que mostrem à administração da Unicer o reforço do repúdio pelas decisões anunciadas a 08 de outubro e pelo modo como a sua execução tem vindo a ser posta em prática".

Essas medidas poderão passar pelo pedido de audiência na embaixada da Dinamarca em Lisboa e com o Ministério da Economia, acompanhadas por manifestações dos trabalhadores.

O presidente da União dos Sindicatos de Santarém, Rui Aldeano, pediu aos trabalhadores que se mantenham determinados na luta e na exigência de uma justificação do que leva uma empresa com 30 milhões de euros de lucros e que recebeu 7,5 milhões de euros de ajudas dos impostos dos portugueses a querer despedir.

"Pensavam que estavam a brincar connosco como em 2013 (quando encerrou a cervejeira em Santarém) e que nos iam dividir com a oferta de 6.000 euros e 500 euros de salário na Drink In (atual Font Salem, que alegadamente passará a assegurar a produção de refrigerantes para a Unicer), mas não sabem para onde se viraram. Estamos unidos nesta batalha. Vamos ver quem ganha", afirmou.

Carlos Pimenta, com 48 anos, há 27 a trabalhar na fábrica, disse à Lusa que sabe que não vai arranjar trabalho, pelo que, "até ao último minuto", mantém a esperança em que a fábrica se mantenha aberta.

"Não há outra hipótese", disse, adiantando não compreender a decisão de encerrar uma unidade que continua a produzir sumos "de grande qualidade" e a fornecer o mercado e de entregar a produção a um concorrente.

Segundo disse, foi abordado no sentido de saber se estaria disponível para integrar o grupo de 25 trabalhadores que poderão ir para a outra unidade, mas, não tem "vontade de escolher" essa possibilidade, porque quer aberta a fábrica onde "cresceu".

Uma assessora da Unicer entregou aos jornalistas o mesmo comunicado que a empresa tem vindo a distribuir desde os primeiros protestos, no qual declara manter uma postura de diálogo com os trabalhadores e as organizações que os representam e o seu empenho em "minimizar o impacto das medidas anunciadas" junto dos 140 trabalhadores afetados no processo (70 em Santarém e 70 da estrutura central e de apoio ao negócio).

A empresa reafirma a necessidade de reajuste da sua estrutura pela retração dos mercados, nomeadamente o angolano, e para garantir a sua sustentabilidade.

Os trabalhadores da Unicer de Matosinhos também já tinham decidido esta quarta-feira, em plenário, avançar para uma greve de uma hora em cada turno como forma de protesto contra o encerramento da fábrica de Santarém e o despedimento de mais de 100 funcionários.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório