Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

"Não vemos qualquer risco na situação política em Portugal"

O administrador executivo do Grupo Santander, que detém o Santander Totta em Portugal, rejeitou hoje riscos para o banco devido à incerteza política em Portugal, onde um acordo de esquerda pode "chumbar" o Governo da coligação PSD-CDS.

"Não vemos qualquer risco na situação política em Portugal"
Notícias ao Minuto

12:41 - 29/10/15 por Lusa

Economia Santander

"Os dois principais partidos em Portugal, até onde percebo, são dois partidos comprometidos com todo o contexto da União Europeia e com todos os compromissos de Portugal. Há uma natural incerteza depois das eleições, mas creio que as linhas estão bem fixadas", disse José Antonio Álvarez na conferência de apresentação de resultados dos primeiros nove meses do Grupo Santander.

"Os dois partidos que podem liderar o governo - independentemente de poderem ter parceiros de coligação de menor peso - têm compromissos claros e definidos, no quadro do que temos vindo a trabalhar", disse o responsável do grupo espanhol, que hoje apresentou lucros de 5,106 mil milhões de euros de janeiro a setembro.

"Por isso, não penso que possamos vir a ter qualquer tipo de risco", acrescentou José Antonio Álvarez.

Portugal foi, disse, uma das geografias do grupo que mais cresceu percentualmente em lucros nos primeiros nove meses do ano, "ajudada pela normalização do risco" no país.

"Em Portugal temos um banco [Santander Totta] que é o melhor do sistema, a ganhar quota de mercado. Estamos a produzir muito mais do que a quota de crescimento inscrita no nosso balanço. Estamos a crescer em empresas e em particulares", disse hoje o diretor financeiro do grupo espanhol, José García Cantera.

Quantos aos lucros no mercado português, "cresceram 60%, ajudados também pela normalização do risco em Portugal", explicou.

Em todas as geografias do Grupo, apenas em Espanha se registou um crescimento maior nos ganhos: 64% nos primeiros nove meses do ano contra o mesmo período do ano passado, mas para lucros de 883 milhões de euros.

Os resultados - em linha com as previsões dos analistas - indicam que 41% dos lucros do Santander teve origem nas economias em desenvolvimento (América Latina e Polónia). O mercado que mais contribuiu para os lucros foi o Reino Unido (22%), seguido do Brasil (19%), Espanha (13%), Estados Unidos (10%), México (7%), Chile (6%), Polónia e Argentina (4% cada um) e Portugal (3%).

Após as eleições legislativas em Portugal, a 04 de outubro, o presidente da República indigitou a coligação PSD/CDS para formar governo, mas a falta de uma maioria absoluta no parlamento abre a porta a uma moção de rejeição de uma coligação de esquerda formada pelo PS (segundo partido mais votado), pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP.

Apesar de os programas destes dois últimos partidos conterem propostas sobre a rejeição do Tratado Orçamental, ambos os partidos já referiram que esses pontos não vão interferir num acordo com o PS de António Costa.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório