Sócios do sindicato dos quadros bancários questionam direção sobre gestão
Um grupo de associados do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos e Bancários (SNQTB) enviou uma carta à direção do sindicato a pedir esclarecimentos sobre a gestão, caso dos aumentos da remuneração dos órgãos sociais.
© Reuters
Economia SNQTB
Os nove associados que assinam a carta aberta referem que, na sequência de notícias que saíram sobre a situação do sindicato, foram analisar as contas e que houve vários pontos que lhes suscitaram dúvidas.
Nomeadamente querem saber "qual o motivo das contas terem deixado de ser auditadas por Revisor Oficial de Contas" a partir de 2009, ano em que o revisor colocou reservas, e "qual a razão para os órgãos sociais do SNQTB terem aumentos" salariais.
Questionam o facto de vários ativos financeiros (caso de ações) estarem registados no relatório e contas de 2014 ao valor de aquisição, apesar de "atendendo à evolução do mercado financeiro no período de 2008 a 2014 ser provável que existam imparidades do valor muito significativas".
Em declarações à Lusa, Paulo Marcos, um dos signatários da carta aberta, disse que o único objetivo que moveu os nove sócios do SNQTB "é querer saber mais" sobre a gestão do sindicato e que para já não há qualquer intenção de apresentarem uma candidatura às eleições de 18 de dezembro.
"Respeitamos a legalidade dos órgãos sociais eleitos, cujo mandato termina agora, mas achamos que há coisas bastante opacas e que era vantajoso como sócios termos conhecimento. (...) Não nos move uma candidatura, mas não obstaculiza se alguém o quiser fazer", afirmou o sindicalista.
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) foi fundado em 1983, contando com mais de 17 mil associados. Este é um dos sindicatos mais ricos do país, com receitas anuais de cerca de 50 milhões de euros.
No interior do SQTB tem crescido a tensão entre associados e a direção, liderada por Afonso Pires Diz, com sócios a queixarem-se de falta de informação e decisões opacas.
O grupo de associados que enviou esta carta aberta não foi o mesmo que recentemente promoveu a recolha de assinaturas para pedir a destituição da atual direção.
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