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Bloco apela ao Parlamento que lute contra "chantagem da banca"
O Bloco de Esquerda apelou, esta quarta-feira, a todas as bancadas parlamentares para vencerem "a chantagem da banca" e reiterarem a intenção de permitir que os Planos Poupança Reforma (PPR) possam ser resgatados para pagamento do crédito à habitação.
© LUSA
Economia PPR
No final da intervenção política que proferiu esta tarde no plenário da Assembleia da República o deputado do BE Pedro Filipe Soares lançou um repto aos grupos parlamentares para que na reunião da comissão de Orçamento e Finanças de quinta-feira, onde será ouvido o Banco de Portugal, todos mantenham o que foi decidido na Assembleia da República.
"Amanhã todas as bancadas são convocadas para junto do Banco de Portugal dizerem aquilo que nós decidimos aqui, que os PPR podem ser resgatados para pagamento do crédito à habitação, que não há qualquer limite ao levantamento desses PPR, que não há qualquer problema que sejam utilizados para o pagamento de prestações passadas ou de prestações futuras, que não há qualquer problema e que estava no espírito da lei que esses PPR fossem utilizados na amortização de capital", disse o deputado do BE.
Apesar do repto, nenhuma das bancadas parlamentares respondeu ao apelo, preferindo centrar-se na primeira parte da intervenção do deputado do BE, onde Pedro Filipe Soares se centrou na sétima avaliação da troika e reiterou as críticas às afirmações do ministro das Finanças na comissão de Orçamento e Finanças, que admitiu uma recessão mais profunda.
"Esta manhã começou a avaliação da troika a Portugal, a sétima avaliação da 'troika' começa com o anúncio de que afinal a situação da economia do país ainda está pior do que aquilo que se pensava. O Governo reconheceu que o descalabro das suas políticas para 2013 é enorme e que a recessão afinal será o dobro daquela que tinha previsto", declarou.
O deputado do PS Pedro Marques juntou-se depois às críticas, considerando que esta manhã o ministro das Finanças deu "a maior pirueta da sua política" desde que o Governo tomou posse.
Pelo PSD, o deputado Duarte Pacheco veio em defesa do executivo, lembrando que quando "o país esteve à beira da bancarrota" e foi obrigado a pedir ajuda externa, o BE "quis ficar de fora, não quis participar nas negociações do memorando de entendimento".
"São escolhas próprias de quem nunca será partido de Governo", frisou.
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