Segundo Emídio Gomes, está já a ser negociado um novo quadro de apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI) para o Portugal 2020, "cada vez mais virado para a matriz do tecido produtivo e de apoio ao setor exportador".

O responsável falava à Lusa a propósito da visita de representantes do BEI à região para uma missão de monitorização de projetos concretizados no âmbito do QREN, que decorre hoje e terça-feira.

Durante os dois dias os representantes do BEI conhecerão "projetos que, além de fundos comunitários, tiveram apoio de verbas do BEI a completar a compartida nacional", destacou Emídio Gomes.

A visita à extensão da linha Amarela do Metro do Porto à estação de Santo Ovídeo e o interface na estação D. João II, em Gaia, no distrito do Porto, que contou com um financiamento do BEI de mais de 1,8 milhões de euros, marcou o início desta deslocação ao Norte.

O responsável destacou que, para esta visita, a CCDR-N escolheu um programa que "revelasse equilíbrio entre investimento puro e duro, investimentos em parceria com o público e privado e investimentos públicos com reflexo no investimento privado" e que "abrangesse um equilíbrio regional".

Assim, após monitorizar o projeto do Metro do Porto, que teve um custo total de cerca de 37,1 milhões de euros, a comitiva visita a Associação Científica e Tecnológica -- Sanjotec, em São João da Madeira, distrito de Aveiro, para avaliar o Núcleo de ID Empresarial, projeto que custou cerca de 6,9 milhões de euros, 509 mil dos quais do BEI.

Segue-se uma deslocação ao Parque Empresarial de Recuperação de Materiais (PERM), em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, que teve um custo total de 13,6 milhões de euros, que contou com um apoio do BEI de 3,4 milhões.

O dia inclui ainda uma visita ao Projeto SONORGÁS, em Vila Real, cujo financiamento do BEI ultrapassou os 5,5 milhões de euros.

Para terça-feira está agendada uma deslocação ao EcoPolis -- Centre de Referência em Construção Sustentável, em Bragança, projeto que custou 6,5 milhões de euros, dos quais 679 mil do BEI.

A missão de monitorização terminará em Guimarães, distrito de Braga, com uma visita ao Grupo de investigação 3B'S da Universidade do Minho.

Emídio Gomes referiu que o Grupo 3B's, que se "afirma cada vez mais como um grande centro europeu na área da Medicina Regenerativa e dos biomateriais", "vai voltar a crescer".

O grupo do BEI vai visitar o A4TEC, o Grupo 3B's da Universidade do Minho e a sede do Instituto de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, no AVEPARK, projetos que custaram 2,5 milhões de euros e contaram com um financiamento comunitário de 1, 9 milhões e um apoio de cerca de 100 mil euros do BEI.

De acordo com a CCDR-N, em 2014, os investimentos do BEI em Portugal totalizaram 1.300 milhões de euros, o que representou um aumento de aproximadamente 36 por cento face aos 970 milhões de euros do ano anterior.