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Prisa "resiste muito bem à crise, único problema é o endividamento"

A Prisa "está a resistir bem à crise, que é muito profunda em Espanha", garantiu esta terça-feira à Lusa o CEO do maior grupo ibérico de comunicação social, que considerou o endividamento bancário do grupo o seu "único problema".

Prisa "resiste muito bem à crise, único problema é o endividamento"
Notícias ao Minuto

13:01 - 19/02/13 por Lusa

Economia CEO

"A Prisa está a resistir bem à crise, que é muito profunda em Espanha, sobretudo nos meios da imprensa. Estamos a sentir uma forte queda da publicidade, também da circulação, mas sobretudo da publicidade. Temos a sorte de o negócio da Educação ir muito bem", disse à Lusa Juan Luis Cebrián, presidente executivo do grupo Prisa.

O gestor fez ainda questão de salientar que a actividade da Prisa na América Latina está a equilibrar o mau desempenho na Europa. "A nossa actividade na América Latina está a muito bem, as nossas rádios na América Latina estão com crescimentos na ordem dos dois dígitos em alguns países. Somos líderes na Colômbia e no Chile e estamos a funcionar muito bem no México e na Argentina. Na verdade, mais de 60% das rádios da Prisa estão na América Latina".

O "único problema", acrescentou o responsável, "é o seu endividamento bancário [da empresa]. Temos actualmente uma dívida bancária na ordem dos 2,8 mil milhões de euros. Pagámos já uma grande quantidade da nossa dívida, quase 1,8 mil milhões, ao fim de dois anos da reestruturação da dívida. Vendemos activos e fizemos uma grande restruturação, em cujo processo ainda nos encontramos e que, espero, dará os seus frutos este ano no sentido de estabilizarmos em definitivo o nosso balanço", acrescentou.

Numa referência ao processo de restruturação do El Pais, o maior diário espanhol, que no ano passado despediu centenas de colaboradores e foi notícia pelas greves que enfrentou, entre outros protestos levados a cabo pelos seus quadros, o gestor, que foi diretor do diário, refutou a ideia de que o processo de restruturação tenha sido "violento", sublinhando que a situação hoje "está normalizada".

"O El Pais não sofreu um plano de restruturação violento. O El Pais tinha uma estrutura de custos muito alta, a imprensa perdeu mais de 60% das receitas publicitárias, sofreu uma queda de quase 30% da circulação, tivemos que ajustar a estrutura de custos do El Pais à realidade do mercado. Passámos um mês, mês e meio, de confrontações duras com os sindicatos, mas no final chegámos a um acordo e agora temos a situação normalizada e creio que temos um grande diário e uma equipa estupenda", disse.

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