"É difícil ser eficiente dentro das regras da contratação pública"
O presidente da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e Metro do Porto, João Velez Carvalho, lamentou hoje que seja "difícil ser eficiente dentro das regras da contratação pública", às quais os privados não estão sujeitos.
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Economia STCP
Questionado no âmbito do seminário "Transporte Público no Governo da Cidade", na Universidade Portucalense, no Porto, sobre se o Estado iria realmente reduzir nos gastos com a subconcessão a privados da STCP e da Metro do Porto, Velez Carvalho frisou a questão das "ineficiências" por parte das empresas públicas, referindo que "as regras de contratação pública impedem uma gestão eficiente".
O presidente do conselho de administração da empresa exemplificou com o consumo de gasóleo da STCP, tendo a dada altura sido notado que compravam "o gasóleo mais caro do que muito operadores mais pequenos", tudo porque "tinham de fazer um concurso público".
"O facto é que as regras do jogo impedem aquela eficiência que um privado consegue. O subconcessionar a um privado tem logo à partida a vantagem de tirar estas regras da frente. Quer comprar gasóleo, chama os fornecedores e pode fazer isso. Nas públicas, para fazer isso é o fim do mundo", afirmou o dirigente da empresa.
Velez Carvalho sublinhou se está a "poupar à volta de 14 milhões de euros por ano passando do público para o privado, fazendo a mesma coisa e vivendo com as receitas do sistema".
"Estamos muito limitados na atuação, é evidente. Se passar de 400 mil euros tem que ir para o Tribunal de Contas. Depois tenho que fazer concursos públicos, depois sabe como é que são as regras. Tudo isso são ineficiências", reiterou aos jornalistas, no final da sessão.
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