"Quando não há gente nova, trabalha-se para quem?"
A demografia é, na perspetiva de Pedro Soares dos Santos, um dos principais desafios que Portugal atravessa.
© Global Imagens
Economia Jerónimo Martins
Ainda que os resultados semestrais sejam positivos, o presidente da Jerónimo Martins não sente que tenha havido um grande crescimento no consumo em Portugal.
“Não nos enganemos: a situação ainda não é fácil”, frisou Pedro Soares dos Santos, entrevistado pelo Sol.
“Portugal não cresce desde 2000. Não considero que 0,4% ou 1% seja crescimento num mundo global como o de hoje. Quando olho para os níveis de crescimento da Polónia, China ou Colômbia e olho para Portugal, não vejo a mesma dimensão de crescimento. Para mim, a grande questão é a geração de emprego. Estamos estagnados há muitos anos”, lamentou o homem que lidera o grupo detentor da cadeia de hipermercados Pingo Doce.
Um dos principais desafios que se coloca ao país é, no entender de Pedro Soares dos Santos, a demografia. “A companhia está a preparar-se para lidar com clientes que serão cada vez mais de terceira idade”, assume, questionando: “Quando não há gente nova, trabalha-se para quem?”.
Em entrevista ao semanário, o filho do líder histórico da Jerónimo Martins disse entender que não existe uma “guerra de preços entre retalhistas” – “considero-a uma luta saudável” – e frisou que “nesta crise, o consumidor português aprendeu a dar muito mais valor ao dinheiro. Aprendeu a saber o valor das coisas que compra. E isso não vai desaparecer”.
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