A economia portuguesa está a crescer, mas ainda assim há uma grande desvalorização salarial. Atualmente, um em cada cinco trabalhadores (19,6%) recebe o salário mínimo nacional, de 505 euros.
Em 2011, antes do programa de ajustamento da troika, apenas 11,3% dos portugueses recebia a remuneração mínima, na altura de 485 euros, o que representa um aumento de 73,6%, segundo dá conta o Ministério da Economia.
"Houve empresas que, para não despedirem trabalhadores, baixaram os salários", afirma o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, ao Jornal de Notícias.
Segundo o Gabinete de Estratégia e Estudos, em outubro de 2014, 25% das mulheres recebia o salário mínimo, enquanto 15% dos homens ganhava 505 euros. No ano passado, eram 880 mil trabalhadores a receber o salário mínimo. Três anos antes, eram menos 345 mil.
É no setor de alojamento e restauração que os portugueses recebem menos (25,6%), seguido das indústrias transformadoras como as confeções (24,8%), e das atividades administrativas e dos serviços de apoio (24,3%).