Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores retomou em julho o perfil ascendente iniciado em janeiro de 2013, após ter diminuído nos três meses anteriores, registando o valor mais elevado desde abril de 2002.
Esta evolução resultou sobretudo do contributo positivo das perspetivas relativas à evolução do desemprego, mas também das perspetivas sobre evolução da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país.
Na mesma linha, o indicador de clima económico voltou a recuperar em julho, "embora de forma ligeira", atingindo o máximo desde maio de 2008.
Em julho, nota o INE, o indicador de confiança aumentou na construção e obras públicas e no comércio, tendo diminuído na indústria transformadora e nos serviços.
Na indústria transformadora, o recuo resultou do contributo negativo das perspetivas de produção e das apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados, já que as apreciações sobre a procura global contribuíram "em sentido contrário".
Já o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou "de forma ténue" em resultado da evolução positiva das opiniões sobre a carteira de encomendas, uma vez que o saldo das expectativas de emprego diminuiu.
Quanto ao indicador de confiança do comércio, recuperou em julho para o valor mais elevado desde julho de 2001, refletindo o contributo positivo das expectativas de atividade e das apreciações sobre o volume de vendas, "mais significativo no primeiro caso".
Por sua vez, o indicador de confiança dos serviços "agravou-se ligeiramente" em julho, devido sobretudo ao comportamento negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, mas também das perspetivas sobre a evolução da procura.