Contas da Repsol sofrem com perdas do petróleo
Os lucros da Repsol caíram 20,6% no primeiro semestre do ano, para os 1,053 mil milhões de euros, devido ao impacto extraordinário de vários negócios, como a venda de ações da YPF, nas contas do mesmo período do ano passado,
© Reuters
Economia Lucros
No primeiro semestre de 2014, a petrolífera espanhola incluiu 616 milhões de euros de resultados extraordinários devido à venda de vários negócios de Gás Liquefeito (GNL) e das ações não expropriadas da YPF na Argentina.
Descontado esse efeito e calculando com base na valorização dos inventários a custo de reposição, a Repsol obteve um lucro ajustado no primeiro semestre de 1,240 mil milhões de euros, ou seja, uma melhoria de 35%.
Os resultados da companhia, divulgados hoje numa nota enviada ao regulador espanhol, indicam que a Repsol melhorou o seu EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 8,2%, para 2,383 mil milhões de euros de janeiro a junho deste ano (contra os 2,202 mil milhões de 2014).
A Repsol destacou ter conseguido estes resultados num contexto difícil, com uma queda de quase 50% nos preços do crude.
O aumento nos resultados de Downstream (atividades de refinação, 'trading' e transporte de crude e produtos, bem como comercialização de produtos petrolíferos, produtos químicos e GLP, entre outros) foi de 115%, o que compensou a "forte queda" dos preços do crude.
A margem de refinação da Repsol no primeiro semestre alcançou um máximo histórico: 8,9 dólares por barril.
No entanto, a petrolífera admite que a forte descida dos preços internacionais incidiu nos resultados da área do Upstream (exploração e produção), com um resultado negativo de 238 milhões de euros. Nestes números também teve influência a interrupção das atividades na Líbia, explicou a Repsol.
A companhia destacou a produção, que alcançou em junho uma média de 660 mil barris equivalentes de petróleo por dia, ou seja um aumento de 86% face aos 355 mil barris equivalentes de petróleo diários em média no ano de 2014.
Por outro lado, a participação da Repsol na Gas Natural Fenosa rendeu um lucro no primeiro semestre de 227 milhões de euros, inferior ao do exercício anterior. A descida deveu-se à ausência das mais-valias realizadas com a venda do negócio de telecomunicações no segundo trimestre de 2014.
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