Pires de Lima teve esta manhã uma reunião com os responsáveis da instituição financeira, na sua sede, em Lisboa.
Segundo o ministro, foi uma "reunião muito positiva com os responsáveis do BNP Paribas, um grande banco europeu que tem vindo a apostar em Portugal como um centro de referência de serviços qualificados".
Há 10 anos, o BNP Paribas tinha cerca de 500 pessoas, "depois passou para 1.300 em 2010, no ano passado terminou com 2.380 colaboradores em Portugal" e este ano "vão terminar com mais de 2.600", afirmou o governante.
"A expectativa que existe para os próximos três anos é de crescer substancialmente este número de forma a que Portugal se torne a referência e o centro de serviços mais importante do BNP Paribas na Europa, integrando aqui, em Lisboa, serviços que estão a vir de Bruxelas, Paris, Londres, Nova Iorque" ou de outras partes da Europa e das Américas, adiantou.
Pires de Lima disse que o número de contratações não foi discutido com precisão, mas adiantou não ter dúvidas de que haverá um crescimento substancial dos postos de trabalho em Portugal.
"Destes 2.600 colaboradores em 2015 passaremos rapidamente para mais de 4.000 nos próximos três anos e para mais de 5.000 num período de cinco anos", disse, sublinhando tratar-se da contratação de "pessoas qualificadas".
"Isto é muito importante e vem confirmar a tendência de criação de emprego qualificado, uma estratégia que passa por, em primeiro lugar, termos pessoas de qualidade e muito bem preparadas nas nossas universidades", apontou o governante, que assumiu a pasta da Economia há praticamente dois anos.
António Pires de Lima sublinhou que "99% das pessoas que trabalham aqui [em Lisboa] no BNP Paribas são portuguesas e têm origem em universidades prestigiadas".
Segundo o ministro, o BNP contrata diretamente nas universidades, o que permite "dar oportunidade aos jovens qualificados" que terminaram a sua formação.
Esta aposta na contratação da instituição financeira acontece porque "o BNP Paribas encontrou aqui em Portugal condições, nomeadamente qualidade de pessoas que competem muito bem", já que "não têm o mesmo paralelo com outros universos dentro banco em termos europeus".
O ministro sublinhou que os "portugueses estão disponíveis para trabalhar em equipa, saem das universidades tanto de gestão como engenharia com uma preparação excelente, falam melhores línguas do que qualquer outro povo na Europa, estão disponíveis para trabalhar em diferentes culturas organizacionais, são disciplinados e altamente motivados".
Para o governante, esta é a qualidade dos portugueses que "o BNP Paribas tem tido a oportunidade de contratar em Portugal" e que "faz a diferença relativamente a outros países".
Questionado sobre o tipo de formação que o banco procura, o ministro da Economia disse que "preferencialmente estão a contratar pessoas com formação em gestão, em economia e engenharia".
Estas são "as funções que estão a ser mais procuradas", concluiu.
