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Fidelidade será das seguradoras mais competitivas

Na China, os nomes costumam ter apenas duas ou três sílabas, mas os executivos do Fosun já se habituaram a pronunciar "Fidelidade" à portuguesa, e quando falam do presidente da seguradora, Jorge Magalhães Correia, dizem simplesmente "Jorge".

Fidelidade será das seguradoras mais competitivas
Notícias ao Minuto

07:24 - 22/06/15 por Lusa

Economia Fosun

O tom, visivelmente caloroso, evidencia a satisfação pela compra de 84,9% do capital da Fidelidade, o maior investimento da história do Fosun, no valor de 1.100 milhões de euros.

"Dentro de dois/três anos, a Fidelidade estará entre as cinco ou as três seguradoras mais competitivas de toda a Europa", disse o CEO do Fosun, Liang Xinjun, em inglês, num encontro com jornalistas portugueses na sede do consórcio, em Xangai.

Pelas contas do grupo, em 2014 - o primeiro ano da era Fosun - os lucros líquidos da Fidelidade subiram 61%, para 190 milhões de euros, confirmando a empresa como líder do setor em Portugal, com um quota de mercado estimada em 30%.

A Fidelidade tem servido também para o Fosun ampliar a sua implantação internacional, nomeadamente na área do turismo, imobiliário e saúde.

Naquele setor, sobressaiu a compra da Espírito Santo Saúde (atual Luz-Saúde), em dezembro passado, por 460 milhões de euros.

"Fiquei muito surpreendido com a qualidade da gestão da Luz-Saúde, bastante eficiente e inovadora, e com a excelência dos seus serviços", observou um executivo da Fosun, John Ma, contratado nos Estados Unidos.

No encontro com jornalistas portugueses, Liang Xinjun indicou que o Fosun "encoraja a Fidelidade a fazer negócios em todos os países da OCDE" (organização constituída pelas 34 economias mais avançadas do planeta), mas de forma "diversificada".

"Não se deve investir apenas num país. Se as coisas correm mal nesse país, corre tudo mal", disse o CEO do Fosun, citando a Grécia.

Já este ano, a Fidelidade comprou dois edifícios no Japão e outro na Austrália, num investimento total de cerca de 336,7 milhões de euros, e pagou 140 milhões de dólares por uma participação de 5% na centenária agencia britânica de viagens Thomas Cook.

"Estamos muito interessados em tudo o que diga respeito a cuidados de saúde e a um estilo de vida feliz", realçou Liang Xinjun acerca da estratégia de desenvolvimento do Fosun.

O alvo é a emergente classe média chinesa, estimada hoje em cerca de 200 milhões de pessoas, e que segundo aquele empresário, cresce 16% ao ano.

Criado em 1992 com um investimento de 4.000 dólares, o Fosun é considerado um dos mais lucrativos consórcios privados da China, com um valor de capitalização cerca de cinco milhões de vezes superior ao capital inicial.

O grupo, que emprega cerca de 100.000 pessoas na China continental e está cotado na Bolsa de Hong Kong, comprou nos últimos anos participações em grandes marcas globais, nomeadamente o Club Mediterranee e o Cirque du Soleil.

O seu presidente, Guo Guangchang, conhecido como "o Warren Buffet da China", tornou-se um dos homens mais ricos do país, com uma fortuna avaliada em 9.300 milhões de dólares pela revista norte-americana Forbes.

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