"Portugal precisa de prosseguir reformas"
O Mecanismo Europeu de Estabilidade também insiste na necessidade de Portugal continuar a implementar reformas estruturais e prosseguir a consolidação orçamental, considerando que a sustentabilidade da elevada dívida pública é um "desafio".
© Lusa
Economia MEE
"Apesar dos desenvolvimentos positivos a nível económico e dos mercados financeiros em 2014 e o final do programa de ajustamento, a sustentabilidade da dívida governamental continua a ser um desafio, face ao seu valor elevado e às perspetivas de crescimento ainda modesto de Portugal", aponta o mecanismo permanente de resgate da zona euro no seu relatório anual de 2014, hoje divulgado.
De acordo com o documento, "a maioria dos participantes nos mercados esperam um compromisso claro com a disciplina orçamental", pelo que "Portugal necessitará de continuar comprometido com as metas orçamentais acordadas e prosseguir a implementação das reformas estruturais definidas no quadro europeu, para reduzir significativamente a sua elevada dívida".
O MEE nota que, segundo as novas regras contabilísticas do Eurostat, a dívida pública aumentou para os 130,2% do PIB no final de 2014 (de 129,7% em 2013).
O relatório anual do fundo de resgate permanente da zona euro, foi hoje adotado pelo conselho de governadores da instituição, reunido imediatamente antes de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, que inclui na agenda uma breve análise da segunda missão de vigilância pós-programa a Portugal, conduzida este mês, e após a qual as diversas instituições que antes formavam a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) insistiram na necessidade de prosseguir as reformas, apontando um abrandamento nas mesmas.
No entanto, a apreciação do MEE aos desenvolvimentos em Portugal em 2014 são globalmente positivos, com a instituição a apontar que, ao longo do último ano, o país seguiu o caminho do ajustamento, concluindo o programa de assistência financeira e reconquistando o acesso aos mercados, o PIB cresceu numa base anual pela primeira vez desde 2010, sobretudo devido a uma melhoria na procura interna, e tanto os desequilíbrios orçamentais como externos continuaram a melhorar.
"Mas são necessárias mais reformas estruturais e consolidação orçamental para reduzir o elevado nível de dívida pública", conclui então o MEE.
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