O BPI continua em alvoroço, depois do dia agitado de ontem, que teve impacto nas ações da empresa. Ká hoje, a CMVM optou por suspender a negociação de ações do banco.
Os acionistas do BPI votaram ontem de manhã, no Porto, a desblindagem dos estatutos, uma das condições desejadas pelos espanhóis do CaixaBank, que lançaram uma oferta pública de aquisição ao banco português.
Entre os votos expressos, 52,45% foram a favor da desblindagem dos estatutos. Mas para ser aprovada a proposta, seria necessária uma maioria de 75%, que não foi alcançada. O CaixaBank ouviu assim um ‘não’, apesar de ter percebido que a sua posição tem algum acolhimento entre muitos acionistas.
Agora, escreve o Público, novas hipóteses estão em cima da mesa. O CaixaBank pode manter a oferta atual, por 100% do banco, com oferta de 1,329 euros por ação, ou ode mesmo vir a retirá-la.
Porém, mantendo-se o interesse por parte dos catalães na instituição liderada por Fernando Ulrich, está em aberto também a possibilidade de o CaixaBank rever as condições da OPA, condicionando o sucesso da operação à aquisição de mais de 50% do BPI.
Saliente-se que o ‘não’ à proposta de desblindagem foi do agrado da Santoro, que representa os interesses de Isabel dos Santos – sendo já conhecida a preferência por uma fusão com o BCP, ao invés de uma OPA bem-sucedida por parte do CaixaBank.
Entretanto, falta ainda saber os pareceres sobre o negócio por parte do Banco de Portugal, do Banco de Espanha e do Banco Central Europeu.