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Relação reafirma incompetência para julgar contrato 'swap'

O Tribunal da Relação julgou improcedente o recurso interposto pela Ponta Oeste (Madeira), confirmando a decisão proferida em primeira instância, que declarou a incompetência dos tribunais portugueses para julgar o litígio relativo a um contrato 'swap' com o Santander Totta.

Relação reafirma incompetência para julgar contrato 'swap'
Notícias ao Minuto

17:10 - 17/06/15 por Lusa

Economia Santander

"O Tribunal da Relação de Lisboa acaba de julgar improcedente o recurso interposto pela Ponta Oeste - Sociedade de Promoção e Desenvolvimento da Zona Oeste da Madeira, confirmando a decisão proferida em primeira instância, a 07 de janeiro deste ano, que declarou a incompetência internacional dos tribunais portugueses para julgar um litígio relativo a um contrato 'swap' com o Banco Santander Totta", lê-se numa nota hoje divulgada pelo banco liderado por António Vieira Monteiro.

O Santander Totta realçou que a 29 de janeiro de 2015, a Instância Central da Comarca de Lisboa dera também razão ao banco, declarando-se incompetente para julgar um litígio relativo a um 'swap' assinado com a Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento SA, da Madeira.

"A autoridade judicial portuguesa confirmou então os tribunais ingleses como a jurisdição adequada para o julgamento e o direito inglês como sendo o aplicável", acrescentou o banco.

Paralelamente, conforme foi noticiado no início de fevereiro, o Tribunal da Relação de Lisboa tinha também dado razão ao Santander Totta numa ação movida por uma empresa de papel, a Dogel, que pedia a anulação de um contrato 'swap' celebrado em julho de 2008.

De acordo com o acórdão a que a Lusa teve acesso, que confirma a decisão da primeira instância, o contrato 'swap' não pode ser classificado "como contrato de jogo e aposta", uma das razões que poderia fundamentar a anulação do contrato de gestão de risco financeiro ('swap'), sendo também rejeitada a invocação de alteração de circunstâncias.

Na sua decisão, o tribunal superior considerou ainda que, contrariamente ao defendido pela empresa Dogel, "as partes, para além de estarem conscientes do risco envolvido na operação, embora esperando que tal não se verificasse, aceitaram esclarecidamente o risco de perda".

Já o julgamento do processo de 'swaps' que opõe o Santander Totta ao Estado português vai avançar, segundo a informação dada por mais do que uma ocasião pelo presidente executivo do banco, António Vieira Monteiro, no último trimestre de 2015, sendo que a sentença deve ser conhecida na primeira metade de 2016.

Em novembro passado, o responsável disse que "o julgamento será no último trimestre de 2015 e a sentença no primeiro semestre de 2016", acrescentando que "não existem negociações com o Estado", mas assegurando que "o Santander está sempre aberto a falar".

As diligências judiciais correm nos tribunais em Londres, tal como estava estipulado nos contratos 'swap' (operações em que há troca de posições entre as partes quanto ao risco e à rentabilidade de determinados instrumentos financeiros) assinados entre várias empresas públicas de transportes, como o Metro de Lisboa e o Metro do Porto, e o Santander Totta.

Na base do diferendo entre o Governo, em representação do Estado português, e o banco liderado por Vieira Monteiro, estão mais de uma dezena de contratos 'swap'.

O líder do Santander Totta já por várias vezes defendeu publicamente a legalidade dos mesmos, afastando a ideia de que são operações tóxicas.

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