"Para termos um Estado saudável temos que entrar em dieta"

O ex-governante comentou as linhas gerais programáticas apresentadas esta quarta-feira pela coligação, assim como o possível corte nas pensões.

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Notícias Ao Minuto
03/06/2015 23:50 ‧ 03/06/2015 por Notícias Ao Minuto

Economia

Eduardo Catroga

No programa da TVI24 'Política Mesmo', o economista Eduardo Catroga comentou as linhas gerais apresentadas esta tarde pela coligação.

“O programa do PSD/CDS com certeza que estará em articulação com o programa económico que apresentaram em Bruxelas. Vai haver alguns ajustamentos em função da evolução dinâmica da economia. O grande desafio que deriva das próximas eleições é criar condições para que o país consolide esse processo de recuperação económica”, começa por afirmar.

O ex-ministro das Finanças garante que “qualquer Governo que pense nos interesses deverá seguir uma política em linha com os compromissos do país no quadro da União Europeia, que consiga atrair investimento produtivo. Isso é fundamental para que se corrijam os desequilíbrios de muitos anos”.

Analisando as duas propostas, tanto da coligação como do PS, Catroga acredita que a do PS tem mais riscos. “É um modelo com mais riscos. Assume um nível de crescimento superior à anterior proposta com base num modelo que no fundo procura aumentar o rendimento das famílias”.

“É um modelo que cria despesa hoje a contar com rendimentos futuros aleatórios”, acrescenta. Para o ex-ministro “corre-se o risco de voltarmos a criar condições para o desequilíbrio externo”.

“Para termos um Estado saudável temos que entrar em dieta. E agora ainda está com excesso de peso. Esse excesso vai exigir a continuação das reformas do Estado, da otimização de efetivos nos próximos dez anos”, frisa.

Em relação a este excesso de peso de que tanto falou, Catrogra remete para 2010, uma altura em que Portugal chegou com “excesso de despesa pública, em todas as funções económicas”. “Qualquer Governo nos próximos dez anos vai estar sujeito a ter que adequar a despesa às receitas normais do Estado”, adianta.

“O modelo político nos últimos 40 anos não pode acontecer mais nos próximos anos”, indica.

Relativamente à medida anunciada pela ministra das Finanças no corte das pensões em 600 milhões de euros, o ex-governante considera que “os pensionistas merecem estabilidade”.

“Os partidos deviam deixar-se de jogos políticos com a Segurança Social”, informa.

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