Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, que anunciou esta manhã o "reaproveitamento" do espaço, que chegou a ter data marcada para abertura em 2011, explicou que esta nova unidade comercial é um "novo atrativo para a cidade" e que trará "muitos benefícios".
Em comunicado enviado, entretanto à Lusa, a Sonae Serra adiantou que a nova loja IKEA irá ocupar uma área de 22.000 metros quadrados distribuída em dois pisos, e vem "reforçar o compromisso do Grupo IKEA em Portugal de continuar a proporcionar o acesso a mobiliário e decoração com design e preços acessíveis à maioria dos portugueses."
A nova loja da marca sueca irá criar "cerca de 250 postos de trabalho diretos e 50 indiretos".
"É um novo fator de atratividade para a cidade e também o reaproveitamento de um espaço que estava bloqueado há demasiado tempo", afirmou Ricardo Rio.
O projeto, que representou um investimento superior a 150 milhões de euros, foi lançado em 2009 pela Chamartin Imobiliária e previa a criação de 3.300 postos de trabalho diretos e cerca de 7.000 indiretos.
Em 2014, depois de anunciado que o centro não iria abrir por falta de lojistas interessados, a principal credora da Charmatin Imobiliária, a Caixa Geral de Depósitos, chegou a acordo com o grupo Sonae Sierra para gestão do espaço.
"A nova unidade vai abrir em 2016, finalmente", afirmou o autarca, que questionado sobre o impacto de mais uma grande estrutura comercial na cidade para o comércio local mostrou-se otimista.
"Braga tem demonstrado capacidade de animação comercial que não está esgotada no sentido que este novo espaço não vai ser fortemente concorrente do comércio tradicional, bem pelo contrário, o comércio tradicional tem vindo a mostrar animação", disse.
A marca Dolce VIta em Portugal, além da falência, ainda antes da abertura do Dolce Vita Braga, detém outros três centos comercias, Dolce Vita Monumental, Lisboa e as congéneres do Porto, Vila Real e Coimbra, que estão em processo de falência.
O último a ser posto à venda foi o de Lisboa, depois do Dolce Vita do Porto, junto ao Estádio do Dragão, e de Vila Real terem sido postos no mercado por 41,5 e 43,4 milhões de euros, respetivamente.
Os três centros comerciais acumulam dívidas de 111, 64,3 e 77,8 milhões de euros, pela mesma ordem.
A marca Dolce Vita foi comprada pela Charmatin Imobiliária em 2006 ao grupo Amorim.