Visitas frequentes dos credores no pós-troika “é a esquizofrenia europeia”, disse José Pereira, subdiretor do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças.
“Agora que já estamos fora do programa, as avaliações são todos os meses e não de três em três meses”, criticou o responsável, citado pelo Diário Económico, numa intervenção na conferência 'Avaliação no Portugal 2020', que decorreu ontem no Porto.
“Estou cansado de ouvir falar sobre a necessidade de cortar alguma coisa. A reforma estrutural não deve ser vista como ‘é preciso cortar’. Tem de ser visto de forma diferente”, sublinhou ainda.
A avaliação conjunta do FMI e da Comissão Europeia é feita ao abrigo da monitorização pós-programa e deverá durar até que Portugal pague 75% dos empréstimos recebidos dos parceiros europeus no âmbito do programa de ajustamento.