"Basta estar previsto uma diminuição da operação ou uma não renovação de contratos para termos que ser informados e poder até propor alterações", disse hoje à Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores da TAP, Vítor Baeta.
Em declarações à Lusa, o representante dos trabalhadores adiantou que antes da administração ter entregado a proposta para ultrapassar as dificuldades financeiras, agravadas pela greve dos pilotos, tinha que ter "ouvido os trabalhadores", acusando a transportadora de "falta de transparência".
O ministro da Economia, Pires de Lima, disse hoje que o plano do Conselho de Administração da TAP para ultrapassar as dificuldades financeiras "muito provavelmente" não contempla despedimentos.
"Se eu disse que não é o [ponto] principal é porque muito provavelmente não deve estar contemplado", afirmou o governante, na Universidade Europeia de Madrid, comentando o plano entregue na segunda-feira pela administração da TAP ao Governo.
O plano que a TAP entregou na segunda-feira ao Governo pra aliviar a pressão financeira prevê uma reprogramação da operação, com a supressão de rotas nomeadamente as lançadas há menos de um ano, de acordo com a edição de hoje do jornal Público.
Em declarações aos jornalistas, em Madrid, Pires de Lima disse desconhecer o documento, ressalvando que "o centro das políticas de sustentabilidade que este Conselho de Administração está a propor, até ao momento em que a empresa seja privatizada de facto, não tem como ponto principal os despedimentos".
O governante remeteu o pedido de mais esclarecimentos para o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, "que é quem está em mais permanente contacto com a administração da TAP".