A companhia apresentou hoje o seu plano estratégico para os próximos quatro anos, e no comunicado divulgado aos investidores refere que os ativos eólicos que detém em Portugal é um dos casos de "potencial alienação", uma vez que o seu racional de investimento "modificou-se ao longo do tempo".
Na apresentação do plano, o presidente da comissão executiva da Enel Green Power, Francesco Venturini, citado pela Bloomberg, disse que a companhia começou já à procura de compradores para os ativos de energia renovável em Portugal.
Segundo divulgou a Bloomberg em meados de abril, em causa estão 13 parques eólicos com 126 megawatts de capacidade, além de outros ativos em vários projetos do país, o que poderá valer cerca de 500 milhões de euros.
A Enel Green Power, através da sua filial Finerge, faz parte do consórcio Eólicas de Portugal (ENEOP) que investiu, nos últimos dez anos, 1.623 milhões de euros em 48 parques eólicos de norte a sul do país, com uma potência de 1.335 megawatts.
A Enel Green Power opera na Península Ibérica com uma potência total instalada de 1.868 MW e mais de 140 instalações em Espanha e Portugal, tendo resultado da integração das atividades de energias renováveis da elétrica italiana Enel e da espanhola Endesa na região, lê-se no website da companhia.
A Endesa lucrou 435 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, um resultado 4% acima do período homólogo do ano anterior, quando tinha negócios não só em Espanha e Portugal, mas também na América Latina.