CaixaBank diz que adiamento da votação do BPI é "normal"
O CaixaBank considerou normal o adiamento da votação sobre a limitação de voto no BPI para a reunião magna a realizar a 17 de junho, realçando que, nessa data, já deverá ter as aprovações regulatórias necessárias para a OPA.
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Economia OPA
"O CaixaBank considera que a aprovação do adiamento da votação sobre a limitação de voto enquadra-se num processo regulamentar normal", disse à agência Lusa fonte oficial do banco catalão.
Segundo o CaixaBank, "com o adiamento desta votação, os acionistas poderão avaliar adequadamente, contando com toda a informação necessária, a oferta do CaixaBank e a eliminação das limitações de voto".
E acrescentou: "Estima-se que a 17 de junho, data fixada para votar a desblindagem no BPI [em assembleia-geral de acionistas], o CaixaBank já contará com as aprovações regulatórias necessárias (tanto europeias como dos países onde opera o BPI)" para a Oferta Pública de Aquisição (OPA) que lançou sobre o banco liderado por Fernando Ulrich.
Esta reação do CaixaBank surge poucas horas depois de a Santoro, da empresária angolana Isabel dos Santos, ter considerado "uma derrota para o próprio BPI" o adiamento da votação da desblindagem dos estatutos do banco, reiterando a sua oposição ao fim do limite aos direitos de voto na instituição.
"Esta decisão é uma derrota para o próprio BPI, infelizmente", afirmou o presidente do Conselho de Administração da Santoro Finance, Mário Silva, em declarações aos jornalistas no final da assembleia-geral do banco português, que hoje decorreu no Porto.
Na reunião, os acionistas do BPI decidiram suspender até 17 de junho a votação da alteração dos estatutos do banco, para deliberar sobre o fim do limite de votos, de forma que esta aconteça quando já estiver registada a OPA lançada pelo CaixaBank.
Na assembleia-geral de hoje, com 80,52% do capital do banco presente, foi deliberado por 54,7% dos votos suspender até 17 de junho a votação do ponto sete da ordem de trabalhos, que previa a votação do fim da blindagem dos direitos de voto a 20%.
Em causa está uma alteração estatutária decisiva para o sucesso da OPA - lançada em fevereiro pelo CaixaBank sobre a totalidade do capital do BPI, a 1,329 euros por ação -, alteração essa que a Santoro, de Isabel dos Santos, pretendia votar e inviabilizar já na assembleia-geral de hoje.
Isto porque a empresária angolana já deixou clara a sua oposição à oferta dos catalães, tendo avançado como proposta alternativa uma fusão entre o BPI e o BCP para criação da maior entidade bancária portuguesa.
O Caixa Bank lançou a 17 de fevereiro uma OPA sobre a totalidade do capital do BPI a 1,329 euros por ação, um preço considerado baixo pela administração do banco português.
Duas semanas depois, a angolana Isabel dos Santos avançou uma proposta alternativa de fusão entre o BPI e o BCP.
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