Lucros das seguradoras caem para 28 milhões em 2014
Os lucros de todas as seguradoras portuguesas caíram no ano passado, atingindo os 28 milhões de euros, quando em 2013 foi registado um resultado líquido de quase 700 milhões, anunciou hoje a Associação Portuguesa de Seguradores (APS).
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Economia APS
O presidente da APS, Pedro Seixas Vale, classificou os resultados como dececionantes, principalmente nos seguros de acidentes de trabalho e automóvel no ramo Não Vida.
"Em algumas áreas foram desapontadores, como o caso de acidentes de trabalho e automóveis", frisou Seixas Vale em conferência de imprensa, acrescentando que também se ficaram a dever "à redução das taxas de juro".
Assim, a diminuição simultânea das componentes financeira e técnica da conta de exploração "ditou uma contenção do resultado do setor em 2014 para 28 milhões de euros, o equivalente a apenas 0,2% do volume de prémios emitidos no ano".
No ramo Vida, o saldo caiu para 400 milhões de euros, cerca de metade do registado em 2013, embora a APS ressalve que esta evolução "reflete, contudo, a ausência de operações extraordinárias de vendas de carteiras, que no ano anterior contribuíram significativamente para o resultado alcançado".
Já no ramo Não Vida, o resultado atingiu 16 milhões de euros em 2014 quando em 2013 foi de 25 milhões de euros.
Para estes resultados, a APS destacou os seguros de acidentes de trabalho, "com significativo défice de exploração", a que se somaram "performances igualmente insuficientes nos outros principais ramos deste segmento, nomeadamente os de doença, incêndio e outros danos, e automóvel, todos com sinistralidade demasiado elevadas e rácios combinados em torno dos 100%".
Pedro Seixas Vale adiantou que os seguros de acidentes de trabalho enfermam de três problemas: "Redução significativas da taxas médias, alterações legislativas que implicaram maiores obrigações para as seguradoras, e algumas situações como a longevidade e as taxas de juro, que estão a ter influência nas responsabilidades já assumidas".
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