Novo Banco: Não há razões para chineses serem mal recebidos
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considerou hoje como "extremamente importante" as relações económicas entre Portugal e China e afirmou não haver razões para os chineses não serem bem recebidos numa eventual compra do Novo Banco.
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Economia Faria de Oliveira
"É extremamente importante incrementar o relacionamento económico entre Portugal e a China", disse Fernando Faria de Oliveira, quando questionado sobre as declarações do presidente executivo do BPI, Fernando Ulrich, na sexta-feira quando se afirmou "chocado com tanto investimento chinês" em Portugal.
Fernando Faria de Oliveira falava à margem da apresentação do Portugal Economy PE Probe em chinês, que hoje decorreu em Lisboa, no Museu do Oriente, com o apoio da Fundação Oriente.
Questionado sobre se a compra do Novo Banco é vista com bons olhos e se a mesma pode vir a ser mal recebida pelo mercado, Faria de Oliveira afirmou que "está aberto um concurso" e que é preciso esperar pelas propostas, sendo que "a que for considerada melhor será naturalmente a escolhida".
"Não vejo razão nenhuma para não serem bem recebidos pelo mercado [as propostas chinesas], vamos é esperar o resultado do concurso. Há outros competidores e o Fundo de resolução e o Banco de Portugal acabarão por optar pela melhor proposta para o sistema bancário português", reforçou.
O presidente da APB destacou ainda que Portugal "precisa de um sistema bancário sólido, bem capitalizado e que apoie o financiamento da economia".
Ainda sobre o investimento estrangeiro em Portugal, o responsável acrescentou que "não há crescimento sem investimento".
"Creio que até este momento, o exemplo do investimento chinês em Portugal tem sido muito positivo, estamos perante uma das maiores economias do mundo", disse.
A este propósito destacou a importância de Portugal ter lançado em mandarim informação sobre a economia portuguesa.
"Estamos num momento em que todas as expetativas do portugueses assentam na retoma de um nível de vida que foi de alguma maneira afetado pela austeridade em que vivemos, precisamos mesmo de captar investimento direto estratégico. A China é uma grande potência, vê em Portugal um parceiro estratégico e nós só podemos ter o maior interesse que apostem em Portugal", disse.
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