FMI quer medidas para reduzir dívidas de empresas e famílias
O FMI defende que é preciso mais medidas para reduzir o elevado endividamento das empresas e famílias na zona euro, destacando o caso de países como Portugal, uma vez que é um obstáculo ao crescimento e estabilidade financeira.
© Reuters
Economia Endividamento
Segundo o relatório de estabilidade financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI), hoje divulgado, as políticas monetárias de estímulo à economia levadas a cabo pelo Banco Central Europeu (BCE) têm produzido efeitos e ajudado a reduzir a dívida pública em vários países da zona euro. No entanto, refere, o setor privado continua muito endividado e é preciso atuar sobre esse problema.
A instituição sediada em Washington, que já por várias vezes se mostrou preocupada com a significativa dívida acumulada pelas empresas e famílias, defende um "pacote mais completo de ações políticas para complementar as políticas monetárias acomodatícias [dos bancos centrais] e resolver o excesso de dívida no sector privado".
O FMI cita mesmo as projeções económicas que antecipam que a dívida bruta de empresas de países como Portugal, França, Itália, Espanha deverá continuar acima ou perto de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Em Portugal e no Reino Unido, acrescenta, também se antecipa que a dívida das famílias continue acima da média das outras economias avançadas.
A instituição liderada por Christine Lagarde fala mesmo numa elevada correlação entre os países com maior nível de empréstimos malparados e aqueles onde as empresas estão mais endividadas, para defender a urgência de medidas sobre este problema.
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