POUPANÇA NO MINUTO
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"Os sinais positivos que há não resultam da política ser correta"
Manuela Ferreira Leite comentou esta quinta-feira, na TVI 24, os sinais económicos positivos e a receita da troika para atacar a crise em Portugal. A antiga ministra considerou que há lições a tirar do que nos levou à crise, mas também sobre a receita aplicada para sair dela.
© DR
Economia Manuela Ferreira Leite
A economia portuguesa está a dar alguns sinais positivos. O tema tem sido amplamente discutido. A oposição destaca os números do desemprego, da emigração, entre outros temas. O Governo refere que foram feitas reformas que começam a dar frutos.
Manuela Ferreira Leite não partilha nem de uma posição tão negativista nem tão otimista. Para a ex-líder social democrata há lições a tirar e é preciso ser cuidadoso, especialmente porque estamos a entrar numa fase de campanha eleitoral.
“Estamos a entrar naquela fase, porque acabou o programa de ajustamento, mas é porque estamos a entrar em campanha eleitoral que considero que é preciso ser cuidadoso. Temos de ter muito cuidado e lembrar os sacrifícios que passamos, para evitar que tenhamos a tentação de cair novamente em delírios que não temos capacidade para gerir”, referiu num primeiro ponto.
A longo da legislatura encabeçada por Pedro Passos Coelho, a antiga ministra tem sido muito crítica do modelo económico aplicado em Portugal e, por isso, lembra que devemos tirar lições de como chegamos ao estado em que chegamos, antes da entrada das instituições internacionais do país, mas também lembrar que não podemos aceitar um outro programa deste género, caso volte a ser necessário.
“Acho que há um alerta que não é feito, que é tentar transmitir a ideia de que alguns sinais positivos têm alguma coisa a ver com uma política correta quando entramos em crise. Acho isso perigoso porque não é verdade. Os sinais que há positivos não resultam da política ser correta. Não nos esquecemos dos erros que nos levaram à crise, mas também os que cometemos para a corrigir. Isso precisa de ser bem lembrado”, concluiu.
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