Eleições vão determinar "se voltamos ao disparate"
O economista considera que “o período de ajustamento corrigiu muita coisa”.
© DR
Economia César das Neves
Portugal está “num momento de charneira para ver se voltamos ao disparate”, considera João César das Neves. Um período especialmente conturbado em que é preciso “reajustar a economia a novas realidades” e continuar as reformas. Contudo, a aproximação de eleições parece fazer esquecer esse facto.
“Estamos um bocadinho anestesiados pelas circunstâncias […] O governo dizendo que ‘fiz muito bem’ e tal e a oposição dizendo ‘isto foi horrível mas agora está fixe’. Quando lá chegarem são iguais”, disse o economista em entrevista ao jornal i.
Na opinião de César das Neves, “não estamos em condições neste momento de lançar um novo processo de desenvolvimento” uma vez que “Portugal está metido num sarilho que ele próprio criou e não está prestes a sair do sarilho”.
Para deixar o “sarilho” para trás, é preciso que Portugal continue a ser o “bom aluno” da Europa. “É a única forma de termos sucesso”, disse. “As pessoas não querem reformas […] quando dizem que querem é mentira.”
“É espantoso como a nossa intelectualidade conseguiu, quase sem exceções, dizer que o problema do país era a austeridade, a troika, a Alemanha. ‘Nós estávamos muito bem e de repente vieram uns maus’”, satirizou.
Sobre o caso grego, César das Neves considera que deve ser tomado como um exemplo… de algo a não fazer.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com