Trabalhadores da produção da Dyrup em greve
Trinta e oito dos 40 trabalhadores do setor da produção e enchimento da empresa de tintas Dyrup cumpriram hoje duas horas de greve em defesa de um aumento salarial de 1,4% este ano, disse à agência Lusa fonte sindical.
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Economia Aumento
Segundo Navalha Garcia, dirigente da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal, afeto à CGTP-IN), a proposta de aumento salarial da administração fica-se pelos 0,5%, acrescido de um prémio de 200 euros a pagar em março a cada trabalhador.
Contudo, explicou, os trabalhadores entendem que, face aos aumentos de produtividade registados em 2014, na ordem dos 12,5%, e à inexistência de qualquer atualização salarial em 2012 e 2013, a que seguiu um "aumento mínimo" de 1% em 2014, "a empresa tem todas as condições para acrescentar mais alguma coisa" ao valor proposto para 2015.
"A nossa reivindicação são 20 euros por trabalhador, o que corresponde, mais ou menos, a um aumento de 1,4% nos vencimentos", afirmou Navalha Garcia.
A agência Lusa tentou ouvir a administração da Dyrup, mas tal não foi possível até ao momento.
Em alternativa, os trabalhadores deliberaram em plenário que a massa salarial prevista para a atribuição do prémio de 200 euros proposto pela administração fosse distribuída "por igual no vencimento base de cada um dos trabalhadores nos 14 meses do ano".
"Esta é a condição mínima para os trabalhadores aceitarem e encerrarem o processo negocial referente ao ano de 2015", sustentam.
Face à ausência de resposta, até ao momento, por parte da administração da Dyrup, os trabalhadores deliberaram paralisar durante duas horas, entre as 09:00 e as 11:00, hoje, segunda e terça-feira, tendo agendado plenários para cada um destes dias, das 15:15 às 16:45.
"Tendo em conta que a empresa nada disse, no plenário de hoje à tarde os trabalhadores devem confirmar a greve de segunda e terça-feira", referiu o dirigente da Fiequimetal.
"Entendem os trabalhadores que a empresa tem todas as condições para satisfazer a sua proposta final. Se, eventualmente, não o fizer, será apenas por teimosia, não restando outra solução aos trabalhadores senão levar por diante as ações que foram aprovadas em plenário, em defesa de aumentos salarias justos", sustentam os trabalhadores.
Segundo acrescentam, "o processo não está encerrado e, se eventualmente a empresa vier a processar o prémio no mês de março, consideramos uma afronta ao diálogo e à negociação".
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