"O Estado português estava falido, o GES ajudou e muito. O GES ajudou vários grupos privados portugueses. O ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar agradeceu-me duas vezes por chamadas telefónicas o apoio que o GES estava a dar ao país", afirmou Salgado, acrescentando que o ex-governante pode negá-lo, mas assegurando que tal aconteceu.
"A única coisa que fomos pedir ao Governo foi um apoio recíproco", sublinhou durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES.
E insistiu: "O banco foi forçado a desaparecer. Não é uma ladainha, estou convicto de que foi o que aconteceu. E foi destruído o principal banco privado português e o mais reconhecido em termos internacionais".
Salgado salientou ainda que "houve muitos bancos que faliram na Europa", apontando para países como a Bélgica e a Holanda.
"Achei piada que veio cá um belga dar lições na semana passada", assinalou.
Segundo o antigo líder do BES, o banco caiu devido ao excesso de provisionamento exigido pelo Banco de Portugal e pela forma como foi gerida a questão de Angola.