“Só soube dos problemas no GES no final de 2013 pelos jornais”
O ex-diretor do departamento de 'research' [estudos] do Banco Espírito Santo (BES), Miguel Frasquilho, assegurou hoje que só teve conhecimento dos problemas no Grupo Espírito Santo (GES) no final de 2013 através das notícias dos jornais.
© Global Imagens
Economia Miguel Frasquilho
"Eu tive conhecimento dessa situação, pela primeira vez, no final de 2013, através das notícias que iam saindo nos jornais", afirmou o responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES/GES.
E realçou: "Nunca tive nenhuma conversa sobre esse tema até essa altura e tudo o que fui sabendo foi o que foi sendo público".
Questionado sobre qual o grau de conhecimento que tinha da complexidade do GES, Frasquilho disse que sabia que "havia várias entidades ligadas ao grupo, mas não tinha noção do organigrama do grupo".
O economista assegurou aos deputados que não manteve "nenhuma conversa com o Governo acerca da situação com o BES", explicando que o tema fazia parte do seu 'ring fencing' [perímetro de proteção] devido aos cargos políticos que desempenhou e à atividade profissional desenvolvida no banco então liderado por Ricardo Salgado.
Confrontado com a possível curiosidade que as notícias que iam dando conta dos problemas no GES lhe despertavam, Frasquilho jogou à defesa.
"As notícias que iam saindo nunca envolveram a minha entidade patronal que era o BES. Não tinha nenhuma necessidade de saber, nem queria saber o que se passava no GES", afirmou.
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