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OPA/BPI: "Tudo o que seja fortalecer o sistema é bem-vindo"

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Fernando Faria de Oliveira, sublinhou hoje que o mercado bancário português tem um grau considerável de consolidação, sem querer comentar especificamente a proposta de fusão entre o BCP e o BPI.

OPA/BPI: "Tudo o que seja fortalecer o sistema é bem-vindo"
Notícias ao Minuto

18:02 - 09/03/15 por Lusa

Economia Faria de Oliveira

"O comentário que eu posso fazer é de natureza geral porque as instituições são independentes e elas é que devem analisar o que é que é vantajoso. Temos já alguma consolidação, mas tudo o que seja fortalecer o sistema é bem-vindo", afirmou à agência Lusa o responsável, à margem da 1.ª conferência Educação Financeira APB, que decorreu hoje em Lisboa, no âmbito da European Money Week.

"No caso concreto do nosso país, podemos dizer que já temos uma consolidação razoável, na medida em que quatro bancos representam mais de 70% do mercado e cinco cerca de 80%", acrescentou.

E realçou: "A única coisa que eu posso dizer [sobre uma eventual fusão entre o BCP e o BPI] é que fica ao critério das instituições escolher os caminhos que mais contribuam para o seu fortalecimento".

Faria de Oliveira frisou que "o movimento de consolidação da banca era algo que se esperava depois do exercício de 'comprehensive assessment' [avaliação de ativos]" e que "existe neste momento a expectativa de que possa ocorrer um movimento de consolidação a nível europeu".

O tema relativo a uma possível fusão entre o BPI e o BCP voltou a surgir na semana passada, depois de a empresária angolana Isabel dos Santos, segunda maior acionista do BPI, através da empresa Santoro, ter solicitado às equipas de gestão dos dois bancos que iniciem conversações com vista a uma fusão.

Esta foi a resposta da Santoro à Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada recentemente pelo maior acionista do BPI, o catalão CaixaBank, sobre o banco liderado por Fernando Ulrich.

Paralelamente, o BPI é um dos bancos interessados na compra do Novo Banco, a entidade de transição resultante da intervenção do Banco de Portugal no ex-Banco Espírito Santo (BES) em agosto do ano passado.

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