Relatório do FMI "não será a nossa Bíblia" mas está "muito bem feito"

O primeiro-ministro, Passos Coelho, assegurou esta sexta-feira que o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na quarta-feira “não será a Bíblia” do Governo, salientando que “existirão outros contributos também importantes” para decidir onde serão aplicados os cortes na despesa num total de 4 mil milhões de euros.

PORTUGAL PEDRO PASSOS COELHO

© EPA

Eudora Ribeiro
11/01/2013 13:46 ‧ 11/01/2013 por Eudora Ribeiro

Economia

Passos

Passos Coelho falou hoje pela primeira vez sobre o polémico relatório do FMI, divulgado na quarta-feira, com um ‘menu de medidas’ para cortar 4 mil milhões de euros na despesa do Estado.

Ao falar no Palácio de Belém, o primeiro-ministro garantiu que o relatório do Fundo não será a “Bíblia” do Governo em matéria de cortes. “Não será a nossa Bíblia porque existirão outros contributos também importantes para as nossas decisões”, disse Passos Coelho, adiantando que o Governo terá a possibilidade de suscitar um “debate muito alargado com as forças políticas e económicas do País”, esperando que também a sociedade civil participe no debate.

Passos Coelho confirmou que o Governo solicitou o relatório ao FMI explicando que se trata de “um diagnóstico que faz a identificação de problemas e recomenda um conjunto de situações", repetindo que essas propostas "não são vistas como a Bíblia do Governo” e acrescentando que algumas serão aplicáveis e outras não.

Na mesma ocasião, e fazendo eco das palavras do secretário de Estado adjunto, Carlos Moedas, o primeiro-ministro considerou que o relatório do FMI "é importante, muito bem feito e com informação muito relevante", isto apesar das críticas que têm sido apontadas ao documento por todos os quadrantes políticos e sociais portugueses.

Passos referiu ainda que não se trata de um relatório da troika e adiantou que também foram pedidos diagnósticos a outras instituições. 

No relatório divulgado na quarta-feira, o FMI sugere, entre outras medidas, a dispensa de 50 mil professores e de 100 mil funcionários públicos, o corte de 20% nas pensões e o aumento da idade da reforma para os 66 anos.

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